14ª Congresso da APDC - Ambiente regulatório favorável ao incumbente discutido pelos operadores concorrentes

11 nov 2004 14:19

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Oni e SonaeCom criticaram hoje o ambiente regulatório nacional considerando-o favorável ao incumbente. Zeinal Bava defendeu a PT referindo os 750 milhões de euros de investimento anual realizado para manter a liderança e garantir acesso ao capital.

Os representantes da Oni e da SonaeCom, no painel do 14º Congresso APDC dedicado ao mercado de capitais, sublinharam a importância de uma regulação mais eficaz, enquanto factor dinamizador do mercado e facilitador de acesso ao capital para empresas concorrentes do incumbente. Jorge Morais, CFO da Oni, defendeu mesmo que a rede de acesso da PT fosse autonomizada a nível contabilístico e da gestão, no sentido de aumentar a transparência do mercado.

O mesmo responsável congratulou-se com a abertura do mercado da Administração Pública aos novos operadores, referindo-se ao diploma que será hoje aprovado pelo Governo em Conselho de Ministros e que obriga à consulta do mercado antes da aquisição de comunicações.

Segundo Jorge Morais este é um mercado extremamente importante que deverá valer cerca de 200 milhões de euros. O CFO da Oni referiu-se ainda à evolução financeira da empresa para os próximos exercícios. Para o final deste ano a ONI prevê um EBITDA de 25 milhões de euros, para receitas de 350 milhões de euros. Já no próximo ano a operadora deverá atingir cash flow positivo.

PT investe anualmente 750 milhões de euros

A PT, através de Zeinal Bava, CFO da SGPS,defendeu-se das acusações de um sistema regulatório favorável, que contribui para a manutenção de margens elevadas com alguns números de investimentos da empresa. Segundo ele, a operadora investe anualmente 750 milhões de euros para manter o lugar no mercado e garantir o cumprimento dos requisitos necessários para captar capital. Destes, 150 milhões de euros destinam-se ao cumprimento dos requisitos necessários para a prestação do serviço universal de telefonia fixa.

Zeinal Bava explicou ainda que a redução de 10 mil funcionários a que a PT tem vindo a proceder custará à empresa 2,5 mil milhões de euros num prazo de quatro a cinco anos, sendo uma das mais importantes medidas levadas a cabo pela empresa para manter as margens e reduzir custos.