A Vodafone ainda não tomou uma decisão sobre uma eventual candidatura ao concurso da Televisão Digital Terrestre. António Carrapatoso diz que a empresa tem vindo a analisar a questão mas acrescenta que ainda não foi tomada uma decisão. A Vodafone olha para a TDT numa perspectiva de complementaridade com a rede de ADSL que tem vindo a montar, mas considera que essa complementaridade também pode vir a ser garantida através de acordos com os vencedores das licenças.

O presidente da filial portuguesa do operador britânico apontou algumas limitações ao modelo da TDT, onde sublinha sobretudo a fraca oferta de canais de televisão que aí podem ser suportados, entre 30 a 40.

Carrapatoso falou ainda sobre o interesse eventual da Vodafone nas redes de próxima geração, normalmente conhecidas por Next Generation Networks (NGN) defendendo um modelo para Portugal que assentasse na partilha de investimento entre os operadores interessados em operar fibra. Deixou em aberto um potencial interesse da empresa neste modelo, mas ressalvando que uma decisão desse tipo teria sempre de ser analisada pelo grupo numa lógica internacional e em comparação com outras oportunidades de investimento.

O presidente da Vodafone Portugal também falou sobre as medidas regulatórias alinhadas pela Comissão Europeia, nomeadamente no que se refere às taxas de terminação móveis. Teceu ainda críticas à proposta do regulador português que no próximo ano pretende reduzir estas tarifas para os 6,5 cêntimos, para considerar que esta é mudança muito brusca e que não dá tempo aos operadores para se prepararem. “Trata-se de uma redução de 40 por cento que com tão pouco tempo de antecedência é muito drástica”.

Recorde-se que também a CE já anunciou a intenção de, até final do próximo ano, introduzir os novos preços de terminação. Em Portugal os preços fixam-se hoje entre os 11 e os 11,5 cêntimos.

“Os reguladores não podem sobre-regular porque dessa forma travam a inovação”, defendeu o responsável que considera do interesse do mercado uma acção mais branda dos reguladores nos mercados que estão a funcionar de forma eficiente.




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