Mais uma semana que chega ao fim no “interminável” filme que é o leilão do 5G. Ao 188º dia da fase principal, o ritmo mantém-se mais elevado, com as licitações mínimas de 5%, depois da entrada em vigor das novas regras do leilão 5G. Fechadas as 12 rondas de licitações do dia de hoje, somou-se mais 4,701 milhões de euros ao “jackpot” do 5G, aumentando o valor do dia anterior.

Feitas as contas, o leilão atinge um valor de encaixe potencial de 412,073 milhões de euros, mas somados à quantia relativa à fase de novos entrantes, o valor é agora de 496.424 milhões de euros. Neste ritmo, na próxima segunda feira o valor de encaixe potencial poderá ultrapassar os 500 milhões de euros.

Veja na galeria o dia ao detalhe:

Hoje houve mexidas em 12 lotes da categoria J, a que representa a faixa dos 3,6 Ghz, nativa ao 5G. Todos os lotes receberam uma valorização, agora mínima, de 5%. Muitos dos lotes da categoria J estão acima dos 560% de valorização face ao preço de reserva, e neste momento o J04 e J21 são os mais valorizados e os primeiros a chegar aos 570%, mas vários outros estão igualmente embalados.

Numa altura em que as expetativas para o fim do leilão são elevadas, de um lado as operadoras dizem-se preparadas para avançar com o serviço comercial do 5G, do outro, a Associação Nacional de Municípios Portugueses quer que o Estado olhe para o interior do país e aplique os fundos europeus, a chamada bazuca, na garantia de cobertura da rede 5G nos territórios de baixa densidade populacional, onde o mercado concorrencial não chega. As câmaras querem que o Governo olhe para a cobertura 5G seja feita da mesma forma que as redes de água, eletricidade ou saneamento.

A medida visa a garantia que o Estado faça a cobertura nos locais onde os privados não conseguem obter lucro e por isso não invistam tanto no interior. A sugestão já terá recebido o apoio da Anacom.