2,5 Biliões de euros é quanto custa a instalação de uma rede de nova geração passiva, que pudesse ser usada por todos os operadores e que cobriria 3,6 milhões de casas, pelas contas da Vodafone. Os números foram apresentados por António Carrapatoso durante o debate do Estado da Nação no Congresso das Comunicações e sustentam a sua visão para o desenvolvimento de uma Rede de Nova Geração em Portugal com viabilidade económica e coesão social.

A falta de abertura efectiva das condutas da PT, apesar da legislação existente desde 2006, é um dos argumentos que António Carrapatoso utiliza para defender a sua ideia, argumentando que uma rede criada por um operador e depois aberta a terceiros é insuficiente.

Os números apresentados pelo líder da Vodafone prevêm custos de 2,5 Biliões de euros para a instalação da infra-estrutura passiva, a que se somam 0,7 Biliões em componentes activos de rede e 0,3 Biliões para instalação em casa dos clientes.

António Carrapatoso admite que é difícil concretizar esta ideia mas acredita "esta é que era a aposta tecnológica para Portugal, era o Plano Tecnológico levado à sua essência", e sublinha que desta forma se criaria uma verdadeira coesão social e oportunidades para as empresas.

"O Estado poderia fazer algum financiamentopara permitir a ligação das casas preteridas [pelos critérios de viabilidade económica dos operadores]. Não aceito bm que metade da população fique de fora [das NGN] por que isso vai criar exclusão", admite António Carrapatoso.

O líder da Vodafone volta ainda a alertar para o facto de que se não se criar uma rede aberta estamos a perder oportunidades de vantagem competitiva e que "não podemos atrasar os investimentos".