Os vencedores dos concursos de Redes de Nova Geração em zonas rurais já foram conhecidos em Fevereiro, mas os projectos não avançam ainda no terreno porque os promotores ainda aguardam a aprovação do financiamento comunitário que suporta o investimento, confirmou hoje Paulo Campos, secretário de Estado das Comunicações, à margem do 20º Congresso das Comunicações.

As redes rurais de fibra óptica fazem parte da lista de projectos estruturantes definidos pelo Governo na área das Telecomunicações e da Agenda Digital recentemente anunciada , mas depois de alguns atrasos no lançamento dos concursos e adjudicação dos projectos, estes acabaram por ainda não se concretizar no terreno.

Paulo Campos garante porém que os promotores estão preparados para avançar assim que os financiamentos sejam desbloqueados em Bruxelas, não adiantando qualquer previsão em termos de data.

Recorde-se que depois da escolha de uma short-list, o Governo anunciou em Fevereiro os vencedores de três dos concursos para a instalação de redes de comunicações de nova geração nas zonas rurais, atribuindo à DST Telecom a implementação de fibra óptica nas regiões Norte e Sul do país. A Viatel ficou com a instalação de redes de banda-larga na região Centro.

O investimento da DST, que se associou à Sonaecom nestes concursos, vai rondar os 108 milhões de euros, 68 milhões destinados ao Norte e 40 milhões destinados à zona Sul. Estes dizem respeito à implementação de cerca de oito mil quilómetros de fibra óptica e parte destes valores será assegurado por dinheiros públicos, como estava definido.

De acordo com os dados partilhados por Paulo Campos, também em Fevereiro deste ano, a instalação de uma rede de telecomunicações de nova geração nas regiões Norte, Centro e Sul do país salda-se num investimento público e privado de 156,5 milhões de euros.

O Executivo deverá desembolsar 89,7 milhões de euros, suportando 56 por cento dos custos da instalação da infra-estrutura de fibra, recorrendo a um apoio 50 milhões de euros da União Europeia. O resto será compensado com recurso a outros fundos comunitários.