No total, as reclamações contra prestadores de serviços de comunicações aumentaram 1% face a 2022, somando as 37,7 mil reclamações sobre comunicações eletrónicas com 16,4 mil reclamações sobre serviços postais, que representam 30% das queixas apresentadas.

Os números da ANACOM mostram que, se for considerado apenas o segundo trimestre, registaram-se 25,6 mil reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações, menos 1% do que em igual período de 2022, e em quebra face ao trimestre anterior. "Esta descida foi impulsionada pelas reclamações sobre serviços postais, que registaram uma diminuição de 10%, com 8,2 mil reclamações totais no segundo trimestre do ano", refere o regulador do mercado.

Em sentido contrário, as reclamações sobre serviços de comunicações eletrónicas voltaram a subir face ao período homólogo, tendo motivado 17,4 mil reclamações (68% do total de reclamações), mais 4%, mas caíram face ao trimestre anterior.

No relatório divulgado, a ANACOM indica ainda que a Vodafone a NOS apresentaram as maiores taxas de reclamação, com 3,8 reclamações por 10 mil clientes. "A VODAFONE foi o prestador que registou o maior número de reclamações em termos absolutos – 13,7 mil, 36% do total, mais 5%. A NOS foi o prestador que registou o maior aumento – mais 8% –, responsável por 12,2 mil reclamações (32%)", refere a informação publicada.

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A MEO foi o operador com menos reclamações, em termos absolutos, com 10,8 mil reclamações (28% do total)  e também por mil clientes (2 reclamações), mais 2% face ao primeiro semestre de 2022.

Os motivos de reclamações estão centrados na demora ou reparação deficiente de falhas de serviços, a não resolução de reclamações e as falhas no serviço de acesso à internet. O aumento de preço de serviços levou a 3 mil reclamações no primeiro semestre do ano, chegando ao top 5 dos mais reclamados neste período, com 8% no peso das reclamações registadas pela ANACOM sobre comunicações eletrónicas. No ano passado foram registadas 2,3 mil reclamações sobre preços, que representaram apenas 2% do total.

Nas reclamações sobre serviços postais os CTT lideram no segundo trimestre com 7 mil reclamações, menos 16% face ao segundo trimestre de 2022. A DPD registou cerca de 700 reclamações e registou o maior aumento do período, mais 47%.

Segundo a ANACOM, a falta de tentativa de entrega no domicílio foi o motivo mais mencionado nas reclamações sobre serviços postais, seguindo-se os atrasos na entrega e a demora na resolução das reclamações, bem como a entrega do objeto na morada errada.