A fase principal do leilão do 5G, que definirá a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz, continua, avançando para o seu 16º dia, num processo que já ultrapassou largamente a duração da fase reservada a novos entrantes.

Segundo os dados mais recentes da Anacom, hoje voltaram a ter lugar seis rondas. As melhores ofertas atingiram os 215,32 milhões de euros, mas se as propostas divulgadas se aplicarem aos vários lotes disponíveis nas faixas dos 700 aos 2,6 MHz, já se podem ter sido ultrapassados os 360 milhões de euros.

Sem contrariar a tendência dos dias anteriores, as únicas mudanças registam-se na faixa dos 3,6 GHz, onde o interesse tem vindo a crescer e onde há subidas nas propostas das operadoras em relação a 20 dos 40 lotes disponíveis.

No que toca às restantes faixas, não existem alterações nas propostas, incluindo na faixa dos 700 MHz, que ficou livre após a conclusão do processo de migração da TDT, e onde um dos lotes não recebeu ofertas desde o início da fase principal do leilão.

Com o prolongamento da fase principal, o valor de encaixe financeiro do Governo com as licenças deverá também aumentar. Recorde-se que o preço de reserva estava fixado pela Anacom nos 237,9 milhões de euros.

Na fase principal do leilão, é possível notar um maior interesse na faixa dos 2,1 GHz, onde as propostas das operadoras registaram um crescimento de 200% em relação ao valor de reserva de espectro. O interesse é também grande nos 2,6 GHz, com um crescimento de valor acima dos 90%. Nos 40 lotes da faixa dos 3,6 GHz verifica-se também uma dinâmica de crescimento com subidas de preço já acima de 40%.

Os procedimentos do leilão do 5G, que passarão ainda pela consignação, com a localização geográfica dos lotes ganhos, e pela atribuição dos direitos de utilização das licenças, devem concluídos durante o primeiro trimestre de 2021.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação (Última alteração: 18h42)