Nas 12 rondas do 123º dia da fase principal do leilão do 5G as propostas dos operadores atingiram os 330,477 milhões de euros. As licitações registam uma subida de 648 mil euros pelo segundo dia consecutivo. 

De acordo com os mais recentes dados disponibilizados pela Anacom, as únicas mudanças surgem novamente na faixa dos 3,6 GHz. A tendência mantém-se desde março, com a última alteração fora desta faixa nativa do 5G a ocorrer no 36º dia de licitações, altura em que um dos lotes dos 2,6 GHz  subiu de preço. 

Hoje, na faixa dos 3,6 GHz, verificam-se aumentos de 1% em relação às propostas de 10 dos 40 lotes disponíveis: todos da categoria J. Aqui há ainda uma única subida de 2% relativamente ao lote J11. Face ao preço de reserva, todos os lotes desta categoria já valorizaram mais de 330%, destacando-se, por exemplo, o caso do lote J09, que registou uma subida de 342%.

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A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, resulta agora num encaixe potencial de 414,828 milhões de euros. É certo que o valor que ultrapassa o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões, mas não cresceu proporcionalmente à duração do processo.

Com a aprovação da mais recente alteração ao regulamento do leilão 5G , que fez com que o número de rondas de licitação diárias passasse a ser 12, a Anacom espera acelerar o processo. Segundo a entidade reguladora, o atraso nos procedimentos do leilão coloca em risco o desenvolvimento e entrada em funcionamento das redes 5G, considerando também que a alteração não afeta a estratégia dos licitantes.

Leilão do 5G passa a ter 12 rondas diárias a partir de 5 de julho. O objetivo é acelerar o processo
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De acordo com um estudo partilhado acerca os cenários de evolução dos valores dos lotes a concurso, a entidade reguladora demonstra que se as licitações realizadas não recorressem a incrementos de 1 e 3%, o mesmo valor acumulado em mais de 100 dias podia ter sido atingido mais rapidamente.

Caso se mantenha o padrão de licitações até agora observado, há o "sério risco" de "o leilão perdurar por um período largamente superior ao que era inicialmente antecipável (e muito superior ao que tem sido a duração normal destes procedimentos na grande maioria dos Estados da União Europeia)", sublinha a Anacom, que não afasta a possibilidade de voltar a alterar as regras, impedindo aumentos de valor de 1 e 3%.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 19h46)