A Anacom partilhou os dados de tráfego de voz e acesso à internet, através de banda larga móvel, revelando um aumento no primeiro trimestre do ano. Segundo a reguladora, a penetração do serviço móvel ascendeu a 168 por 100 habitantes. Mas para o uso de acessos móveis com utilização efetiva, a taxa é reduzida para 118,8 por 100 habitantes, e 113,6 no caso de serem excluídos os acessos de serviços de dados e acesso à internet, tais como os cartões associados a PC, tablets, pen ou router.
Por outro lado, ainda que insignificante, os assinantes que utilizaram efetivamente o serviço caiu 0,1%, para 14 mil, quando comparado com o trimestre homólogo do ano passado. A regulador diz que os planos pré-pagos registam uma queda desde 2013, e nos últimos 12 meses registou uma queda de 6,2%, representando agora 37,2% do total de acessos usados efetivamente. Já os planos de pós-pagos e híbridos, são mais 3,9% no último ano, mantendo a tendência de crescimento desde 2012.
Devido à pandemia de COVID-19, o tráfego de voz móvel em minutos registou um aumento de 14% quando comparado com o primeiro trimestre de 2020. Ainda assim, quando comparado com o trimestre anterior houve uma redução, ainda assim mais 18,5% que o ano passado. A Anacom diz que o tráfego médio por acesso móvel cresceu 13,1% em tempos pandémicos, caso contrário, estava apenas previsto um aumento de 4,6% no mesmo período face ao anterior.
Portugueses conversam mais ao telefone móvel
A Anacom salienta que a média dos minutos de conversação por acesso de voz móvel foi de 255 por mês, o que significa um aumento de 14,5%, ou seja, mais 32 minutos, do que o mesmo período de 2020. Há 7,9 milhões de utilizadores efetivos de acesso móvel à internet. E houve uma penetração de 76,3 por 100 habitantes, que a reguladora diz ser menos 1,9% do que o primeiro trimestre de 2020. Essa diminuição prende-se com alterações de comportamentos associados à pandemia, que caso não acontecesse levaria a um aumento de 7,4%.
Já o tráfego de roaming caiu em todos os níveis, com o uso de internet a cair 31,2% em roaming in e menos 45,4% em roaming out. As quebras contradizem a tendência de crescimento registadas nos últimos 5 anos, acima dos 50%. Isso deveu-se à quebra das viagens internacionais devido à pandemia.
A MEO registou a quota mais elevada nos acessos móveis de utilização efetiva com 40,6%, seguindo-se a Vodafone com 30%, a NOS com 26,5% e a NOWO com 1,8%. No período homólogo, as quotas da NOS e NOWO subiram 0,7% e 0,3%, respetivamente, enquanto que a MEO e Vodafone diminuíram 0,9% e 0,1%, respetivamente.
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