A iniciativa CityMotion passou a contar com a parceria de autarquias e empresas de transportes, telecomunicações e logística. O projecto tem por objectivo criar uma plataforma integrada de informação em tempo real, destinada a optimizar a utilização dos recursos e infra-estruturas, de modo a melhor a mobilidade dentro das cidades.

TMN, Carris, Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), TIP - Transportes Intermodais do Porto, Metro do Porto, Frotcom, Geotaxi e as câmaras municipais de Lisboa e do Porto foram as empresas e entidades que se associaram a este sistema dinâmico integrado, que deverá entrar em funcionamento dentro de uma ano nas duas cidades portuguesas.

Ligado ao Programa MIT - Portugal, o CityMotion nasceu de uma parceria entre a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e o Instituto Superior Técnico (IST), e envolve 10 investigadores (cinco portugueses e cinco do MIT), apoiados por vários alunos de doutoramento.

Um dos desafios importantes do projecto é a fusão dos dados provenientes de fontes muito heterogéneas, tais como os fornecidos por operadores de comunicações móveis, sensores, operadores logísticos e operadores de transportes públicos, salientam os promotores num comunicado.

Esta plataforma integrada de informação em tempo real e com capacidade de detecção e previsão é apresentada como "muito útil", não só ao cidadão comum, mas também, às Forças de Segurança, Protecção Civil e Emergência Médica. "Em caso de catástrofe, terrorismo, incêndio e acidentes, podemos muito mais rapidamente percepcionar situações de risco eminente ou classificar um incidente, alertando de imediato a entidade ou entidades que lhe podem dar resposta como o INEM, a Polícia ou outros agentes", refere Carlos Lisboa Bento, coordenador da investigação.

"O objectivo é que os agentes responsáveis pelo diagnóstico, planeamento e gestão da mobilidade de uma cidade possam dispor de ferramentas de apoio à decisão que, com base na mesma plataforma de informação, permitirão prever de uma forma mais fiável e segura o comportamento de um sistema tão complexo como o da mobilidade urbana", acrescenta Teresa Galvão, investigadora da FEUP.