Quem nunca teve uma experiência do género, que atire a primeira pedra: ir ao YouTube, visualizar um vídeo e ele parar a determinada altura. Mas o que agora é comum para a maioria dos internautas pode deixar de o ser no médio prazo. Um consórcio de investigadores está a desenvolver uma nova forma de transmissão de dados que consegue fazer com que a Internet fique entre cinco a dez vezes mais rápida.



Em comunicado os cientistas usam um exemplo semelhante para explicar o conceito. Um vídeo de quatro minutos que usou a nova técnica de transmissão foi reproduzido sem paragens, enquanto o mesmo vídeo visto com a “Internet normal” parou 13 vezes.



E a magia dos académicos da universidade de Aalborg, da Dinamarca, do MIT e do Caltech, dos EUA, acontece graças à matemática. Os investigadores têm desenvolvido uma codificação diferente do tráfego de rede, através do desenvolvimento de equações. Os investigadores dizem mesmo que que o que está a ser enviado na rede não são pacotes, são "equações matemáticas".



O que acontece atualmente é que as informações são enviadas por pacotes. E por vezes o envio de pacotes é repetido para evitar que haja um erro na transmissão do conteúdo. Ao eliminar este tráfego excessivo, é possível “limpar” a Internet e criar uma rede mais rápida.



No método que está agora a ser desenvolvido os cientistas usam os dados que estão a ser enviados por ambas as partes para construir os pacotes que podem estar em falta. Como é explicado em comunicado, é como conseguir fazer com que os carros circulem num cruzamento, todos coordenados e sem que nenhum tenha de parar.



Um dos pontos de destaque, além dos resultados melhorados, vai para o facto de esta técnica ser aplicável à Internet fixa e móvel. Os investigadores destacam a importância desta codificação de rede sobretudo numa altura em que a Internet de Todas as Coisas (IoE, na sigla em inglês) e as tecnologias 5G estão a dar os primeiros passos.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico