A Coreia do Sul tem actualmente o mercado de serviços móveis mais avançado
do mundo, indica a Strand
Consult
baseando-se nos resultados de um estudo realizado por si
recentemente. Mesmo o mercado japonês, muitas vezes visto como de
referência, ocupa um segundo lugar bastante distanciado comparativamente à
Coreia, garante a consultora salientando que quem procura por histórias de
sucesso na área da Internet móvel deverá olhar para a Coreia do Sul em
detrimento do Japão.



A Strand Consult refere que embora a rede CDMA 2000 1X sul coreana
seja tecnicamente considerada de segunda geração e meia (2.5G), a sua
velocidade de transmissão de 144 Kbps é suficiente para lidar com a quase
todos os serviços de 3G. Apenas o streaming de vídeo está reservado à
pura tecnologia de terceira geração como a FOMA, da DoCoMo, capaz de transmitir
a 384 Kbps. Apesar das diferenças de tecnologia, a consultora afirma que os
dois mercados de serviços móveis são comparáveis.



Segundo o relatório, apenas quatro em cada 1.000 utilizadores de
telemóveis no Japão possuem um terminal FOMA. Na Coreia do Sul 400 em 1.000
utilizadores de telefones móveis têm terminais 1X e enquanto aqui a taxa de
penetração foi conseguida sem subsidiação de terminais, no Japão os
terminais FOMA foram altamente subsidiados.



Os operadores sul coreanos parecem ter feito aquilo que os
intervenientes do mercado no Japão e em outras partes do mundo se recusaram
a fazer, aceitando o seu papel e responsabilidade como impulsionadores do
mercado de serviços móveis. Segundo o estudo, os operadores na Coreia do Sul
compreenderam que esta reacção em cadeia é a chave do desenvolvimento com
sucesso do mercado de serviços móveis de 2.5G e 3G.



A SK Telecom, a
maior operadora sul-coreana, conseguiu em relativamente pouco tempo atrair
8,8 milhões de subscritores para os seus serviços CDMA 2000 1X. Actualmente
estes mesmos subscritores já representam 75 por cento da sua base de
clientes total.



Contrariamente ao mercado japonês, a Coreia do Sul opera sob
condições realistas, com múltiplos operadores e sem a subsidiação de
terminais. É por isso que se podem retirar deste mercado as primeiras lições dos desafios
que se colocam por exemplo aos operadores e fornecedores de conteúdos e
serviços europeus, conclui a Strand.



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