A fase principal do leilão do 5G, que definirá a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz e onde participam operadoras como a MEO, a NOS e a Vodafone, avançou hoje para o seu 18º dia, num processo cuja duração já mais do que duplicou em relação à fase reservada a novos entrantes no mercado móvel português.
Os mais recentes dados da Anacom indicam que nas seis rondas de hoje as melhores ofertas atingiram os 219,04 milhões de euros nos vários lotes disponíveis nas faixas dos 700 aos 3,6 MHz.
O interesse continua a subir na faixa dos 2,6 GHz, onde as melhores propostas em relação ao primeiro e segundo lotes passaram agora para os 7,644 e os 7,645 milhões de euros, respetivamente. Aqui, as propostas das operadoras registam um crescimento de 102% em relação ao valor de reserva de espectro. Já o valor das ofertas relativas ao terceiro dos lotes mantém-se nos 5,042 milhões de euros desde o desde o décimo dia de licitações.
Na faixa dos 3,6 GHz existem subidas nas ofertas relativas a 24 dos 40 lotes disponíveis, sendo também possível verificar uma dinâmica de crescimento que leva a subidas de preço a rondar, no máximo, os 60%.
Fora destas mudanças, as melhores propostas relativamente à faixa dos 2,1 GHz mantém-se desde o sétimo dia de licitações nos 10,61 milhões de euros. Além disso, não se registam alterações na faixa dos 700 MHz, que ficou livre após a conclusão do processo de migração da TDT. O preço de licitação continua nos 19,2 milhões de euros e um dos lotes não recebeu ofertas desde que a fase principal começou a 14 de janeiro. O mesmo se passa na faixa dos 900 MHz, com os quatro lotes a não registarem alterações face ao preço de reserva de 6 milhões de euros.
A soma das licitações da fase dos novos entrantes, que ultrapassaram os 84 milhões de euros, com as atingidas no 18º dia da fase principal resulta num valor que já é superior a 303 milhões de euros. Recorde-se que o preço de reserva estava fixado pela Anacom nos 237,9 milhões de euros.
Depois da fase principal há ainda a consignação das licenças, com a escolha da localização geográfica dos lotes, e finalmente a atribuição, onde a Anacom atribui os direitos de utilização de frequências. As ofertas comerciais só poderão avançar depois, estando ainda dentro de um horizonte temporal apontava para o primeiro trimestre de 2021.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 19h01)
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