A suposta ordem da Agência Nacional de Segurança norte-americana é revelada hoje pelo The Guardian, que garante estarem abrangidos pela medida números de telefone marcados pelos clientes, localização das chamadas, duração e frequência. O conteúdo das comunicações será a única coisa a escapar à ordem decretada pelo Tribunal de Inteligência e Vigilância Exterior, a pedido do FBI.



Também extensível a números fixos e às chamadas internacionais, a ordem deverá ser aplica às comunicações realizadas todos os dias até ao próximo dia 19 de julho e proíbe qualquer divulgação da sua existência por parte da operadora.



A confirmar-se a informação, que a NSA não quis comentar, falta saber se a Verizon é a única operadora a ser alvo de um pedido deste tipo, o que será pouco provável, tendo em conta que a empresa nem sequer é a líder de mercado. Essa posição é ocupada pela AT&T.



Recorde-se que esta não é a primeira vez que veem a público informações deste género. Já em 2005 o The New York Times escrevia que a NSA fazia escutas de chamadas internacionais sem autorização judicial, uma acusação que mais tarde encontrou eco noutras publicações, como o Los Angeles Times, que avançasse a mês a suspeita para as chamadas nacionais.



Também em 2005, o Governo dos EUA fez aprovar uma lei que iliba as empresas de telecomunicações de responsabilidades ou problemas legais com a utilização de dados dos utilizadores se estiverem a cumprir ordens de entidades governamentais.



A medida criou condições para garantir a cooperação das empresas, mas não foi a única a facilitar a vigilância das comunicações dos norte-americanos. O Patriotic Act, aprovado após os atentados de 11 de setembro criou mais mecanismos de vigilância. Nem todos são conhecidos, mas sabe-se que a aplicação das medidas aí previstas renova-se a cada 90 dias, até ordem em contrário.



Nota de redação: Foi corrigida uma gralha na notícia.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico