A tecnologia móvel que hoje suporta as comunicações de 2,5 mil milhões de pessoas em todo o mundo comemora esta sexta-feira 20 anos. Foi em 1987 que 15 operadores de 13 países - incluindo Portugal - assinaram o acordo que daria início ao desenvolvimento do Global System for Mobile Communications, materializado quatro anos mais tarde com o lançamento da primeira operação móvel na Finlândia.



Na origem, o GSM nasceu para dar à Europa uma única norma para as comunicações móveis, até então dispersas por vários sistemas analógicos e incompatíveis entre si. Na sua génese não esteve a ambição de criar um sistema de comunicações global que viesse a ser adoptado um pouco por todo o mundo, como aconteceu poucos anos mais tarde, num processo iniciado pela Austrália, primeiro país não europeu a aderir ao GSM.



A expansão a zonas não europeias levou à alteração da designação inicial de Groupe Special Mobile para a designação ainda hoje utilizada para designar a norma gerida pelo European Telecommunications Standards Institute (ETSI) desde 1989, um ano antes da publicação das primeiras especificações.



A par com Portugal foram pioneiros na adopção do GSM França, Itália, Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia, Bélgica, Irlanda, Holanda e Espanha.



Ao longo dos últimos 20 anos juntaram-se à tecnologia 700 operadores de 218 países que contribuem para dar ao GSM uma penetração nas comunicações móveis na ordem dos 85 por cento e pesar 1,6 por na geração mundial de riqueza. Hoje, o maior mercado móvel do mundo está longe da Europa: na China e tem 450 milhões de clientes.



Os números impressionam mais ainda se a análise visar o sucesso de algumas aplicações que se afirmaram nos últimos anos (desde 1992), como as mensagens de texto que actualmente somam os 7 mil milhões diariamente, revelam números da GSM Association.



Hoje o GSM já tem um sucessor que abriu o leque de serviços móveis à disposição dos clientes e colocou nos dados o desafio da próxima década, no que se refere ao potencial de negócio para os operadores móveis em actividade. O UMTS, que sucedeu à segunda geração móvel, já vai hoje na terceira actualização para em Portugal oferecer larguras de banda de 7,2 Mbps em HSDPA, uma evolução que visa a componente de dados. Em todo o mundo já existem hoje 150 milhões de utilizadores 3G.




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