No final do primeiro semestre de 2019, 78,6% das famílias dispunham de banda larga fixa, um aumento de 3,9 pontos percentuais do que período homólogo. Os dados foram divulgados esta sexta-feira pela ANACOM, mostrando ainda um aumento de 23% do tráfego médio mensal de Internet.
Quando comparado com os dados divulgados esta quinta-feira relativamente à Internet móvel, verifica-se uma ligeira diferença entre os dois serviços, conquistando a liderança a banda larga fixa. Com 78,6% de famílias portugueses a recorrerem a este serviço, no caso da Internet móvel esse valor passa a ser de 75,9%.
No mercado de serviço de acesso à Internet em banda larga fixa quem lidera é a MEO, como aconteceu no caso da subscrição de pacotes de serviços integrados de TV, internet e telefone fixo. No relatório, a ANACOM fala na presença de "quatro entidades com quotas de subscritores relevantes", a MEO (40,2%), o Grupo NOS (36%), a Vodafone (19,7%) e o Grupo NOWO/Onitelecom (3,8%).
A MEO foi também o principal prestador de Internet suportada em fibra ótica e em ADSL, tendo alcançado no final do semestre quotas de 55,4% e de 89,9%, respetivamente. Já a NOS foi o principal prestador de acesso à Internet suportado em redes de TV por cabo (87,7%) e de redes móveis em local fixo (64,2%).
No período de análise, o tráfego médio mensal por acesso chegou aos 119,7 GB e esse aumento foi acompanhado pelo crescimento do número de acesso de banda larga fixa de 5,4%, que atingiram os 3,9 milhões. A fibra ótica foi a principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa (48,2% dos acessos), ascendendo a 1,9 milhões de acessos. Esta foi a que mais contribuiu para o crescimento do número total de acessos", explica a ANACOM no relatório.
Já o cabo e o ADSL representavam 30,6% e 14% dos acessos à Internet em banda larga fixa, respetivamente e o peso do LTE em local fixo era de 7,2% do total de acessos. Estes números significam uma acentuação da "tendência de queda do número de acessos através de ADSL", que diminuíram 19,5% em comparação com o primeiro semestre de 2018.
Caso se considerem apenas os acessos residenciais, a MEO exibiu a quota de subscritores mais elevada, mas com uma diferença bastante reduzida em relação ao concorrente, com 38,8%, ultrapassando o Grupo NOS (38,3%). E uma análise ao mercado como um todo, medida através do índice de Herfindahl–Hirschman, "sugere que a concorrência terá evoluído favoravelmente no período analisado", explica a ANACOM.
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