“O 5G não tem de ser um sandard europeu mas global”, defendeu esta tarde num encontro com a imprensa integrado no ICT2015 o comissário europeu para a economia digital Gunther Oettinger. 

O responsável recordou que a região já estabeleceu acordos que alinham estratégias para o desenvolvimento da tecnologia que vai suceder ao 4G com a Coreia do Sul e com o Japão, mais recentemente fez o mesmo com a China e acredita que está também para breve um acordo com os Estados Unidos. 

Oettinger esteve nos EUA recentemente e garante que os dois países estão a trabalhar numa declaração conjunta. A concretizar-se, este entendimento é uma peça chave para que seja possível trocar o cenário de concorrência que serviu de pano de fundo às últimas evoluções tecnológicas no sector, por um cenário de cooperação. 

Como frisou o comissário europeu no encontro, a prioridade dos acordos com outras regiões do globo vai para a "definição de um calendário comum", "que interesse" a todos que faça sentido do ponto de vista económico para todos os envolvidos. Os operadores, nomeadamente os portugueses têm defendido que a introdução do 5G não deve ser percipitada e que é preciso respeitar a capacidade do mercado para acomodar mais investimentos.    

Durante o ICT2015 os parceiros da indústria presentes no evento vão também assinar um memorando de entendimento que reforça o compromisso de promoverem esforços convergentes no desenvolvimento do 5G, tinha já anunciado Oettinger num evento paralelo à conferência.

Esta ação integra-se na iniciativa 5G-PPP criada para incentivar as parcerias público-privadas para o desenvolvimento do 5G, para onde estão a ser canalizados vários milhões de euros do Horizonte 2020. Em Lisboa serão anunciadas novas oportunidades de financiamento em parceria com o Japão e com a Coreia, que cabem no bolo de 3 mil milhões de euros também anunciados durante o evento para o período 2016-2017.