Os telemóveis continuam a integrar a lista de artigos mais desejados pelos portugueses, mas o número de pessoas que têm planos para adquirir novos equipamentos móveis diminuiu consideravelmente face ao ano passado, de acordo com os dados do Observador Cetelem.



A pesquisa revela que se em 2011 12% dos inquiridos revelava intenções de adquirir um telemóvel neste período do final do ano, este ano apenas 2% aponta o mesmo tipo de intenção, fazendo desta categoria de produto uma das mais influenciadas pela crise, uma realidade que os números da Anacom também denunciam.



Por idades, a pesquisa conclui que é na população mais jovem, com idades entre os 18 e os 24 anos, que a intenção de adquirir um novo telemóvel é mais elevada. Cerca de 9% dos inquiridos pela Cetelem neste grupo etário admitiram que pretendem comprar um telemóvel, enquanto outros 33% equacionam a mesma hipótese. Já no que se refere a zonas do país, é no sul que está a maior percentagem de consumidores interessados em comprar um novo telemóvel (22%), apura o documento.



Outra área onde se identificou um forte impacto negativo da crise nas intenções de compra dos portugueses para os próximos meses foi a área da eletrónica de consumo. Apenas 1% dos 500 inquiridos no observatório afirmaram ter planos para adquirir novos produtos desta categoria, quando na pesquisa realizada no ano passado 6% dos portugueses pretendiam adquirir novos produtos de eletrónica.



Realidade idêntica é a dos computadores. Se no último trimestre de 2011 4% dos portugueses revelavam intenções de adquirir um novo computador, este ano apenas 1% apresenta essa intenção.



O Observador Cetelem é realizado em parceria com a Nielsen e tem em conta respostas de consumidores com idades entre os 18 e os 65 anos residentes no continente.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico