A fase principal do leilão do 5G chegou hoje à marca dos seis meses de duração e, para não há indicações de que o fim do processo possa estar para breve. Nas 12 rondas do 127º dia, as licitações alcançaram os 333,098 milhões de euros. O valor corresponde a uma subida de 660 mil euros em relação ao dia anterior.
A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes que terminou a 11 de janeiro, resulta agora num encaixe potencial de 417,449 milhões de euros.
Através dos dados disponibilizados pela Anacom é possível verificar que as únicas mudanças voltam a surgir na faixa dos 3,6 GHz, numa tendência que se mantém desde março, com a última alteração fora desta faixa nativa do 5G a ocorrer no 36º dia de licitações, altura em que um dos lotes dos 2,6 GHz subiu de preço.
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Hoje, na faixa dos 3,6 GHz, verificam-se aumentos de 1% em relação às propostas de 12 dos 40 lotes disponíveis. Aqui, a vasta maioria dos lotes da categoria J já valorizaram mais de 340% em relação ao preço de reserva, com o lote J11 a valorizar 350%.
Recorde-se que, até agora, a faixa dos 2,1 GHz que foi o que mais valorizou ao longo do leilão, registando uma subida de valor de mais de 400% face ao preço de reserva. Já as faixas dos 700 MHz e dos 900 MHz não “mexem” desde o início da fase principal do leilão e na faixa que ficou livre após a conclusão do processo de migração da TDT ainda há um lote ainda sem qualquer oferta.
O número de dias de leilão do 5G continua a somar, com as propostas a crescerem a "conta-gotas" e tudo indica que está para durar. Aos seis meses da fase principal somam-se as duas semanas da fase reservada a novos entrantes, fazendo com que o leilão se afirme como o mais longo e “épico” processo de licenciamento de espectro de telecomunicações em Portugal e na Europa
Na semana passada, a Anacom mudou as regras de número de rondas diárias, duplicando para 12, uma medida que acabou por ter resultado no valor diário licitado, que ronda agora os 600 mil euros, mas que não confere muito maior rapidez.
A entidade reguladora considera que a alteração feita ao regulamento não afeta a estratégia dos licitantes e espera que a mudança “seja suficiente para impedir que o leilão se prolongue excessivamente", porém, não afasta a possibilidade de voltar a alterar as regras, impedindo aumentos de valor de 1 e 3%.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 19h48)
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