A fase principal do leilão do 5G avançou hoje para o seu 69º dia, com licitações a atingir os 285,603 milhões de euros, numa subida de 1,053 milhões face ao dia anterior. A soma de ambas as fases do leilão resulta agora num encaixe potencial de mais de 369 milhões de euros.

Enquanto as regras do leilão não se alteram, a lógica das licitações dos operadores mantém-se na mesma e a faixa dos 3,6 GHz é a única que continua a registar mudanças. Hoje verificam-se subidas relativas a 18 dos 40 lotes nativos do 5G disponíveis, se bem que não passem aumentos de preço de 1, 2 ou 3%.

Porém, há já vários lotes nesta faixa que já valem mais de 4 milhões de euros e, em relação ao preço de reserva, constata-se uma dinâmica de crescimento que leva a aumentos a rondar no máximo os 236%.

O leilão para a atribuição das licenças em Portugal decorre há mais de 3 meses e tem vindo a ser marcado por múltiplas polémicas. A mais recente surgiu após a Anacom ter feito uma proposta com vista a acelerar o leilão, propondo alterar o regulamento para evitar um prolongamento excessivo do processo.

A decisão não foi bem recebida pelas operadoras. Tanto a Altice Portugal, como a NOS e a Vodafone manifestaram-se negativamente, criticando a atitude da entidade reguladora e ameaçando com processos em tribunal.

5G: 24 países da UE já lançaram serviços comerciais. Portugal continua a sua “longa travessia” no leilão
5G: 24 países da UE já lançaram serviços comerciais. Portugal continua a sua “longa travessia” no leilão
Ver artigo

À medida que o processo se prolonga e o "braço de ferro" entre operadoras e Anacom se mantém, o lançamento de serviços de 5G em Portugal apresenta-se como uma possibilidade cada vez mais distante. De acordo com o mais mais recente relatório do Observatório Europeu para o 5G, 24 países da União Europeia contam já com serviços de redes móveis de quinta geração, com Chipre a ser a mais recente adição à lista.

Portugal faz parte da lista dos países onde a implementação das redes móveis de quinta geração está mais atrasada. Nela incluem-se também a Lituânia, que aprovou um plano geral para o 5G em junho do ano passado, e Malta, que, apesar de ter uma estratégia desde 2017, só terminou a consulta pública acerca do seu leilão em fevereiro deste ano.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação (Última atualização: 18h55)