A fase principal do leilão do 5G avançou hoje para o seu 118º dia, com as licitações a atingirem os 327,58 milhões de euros nas já habituais sete rondas. Pelo quarto dia consecutivo, as licitações registam uma subida de apenas 371 mil euros, espelhando a tendência de crescimento a “conta-gotas” que se verifica desde a entrada da fase principal na marca dos 100 dias.

No que toca a mudanças, os mais recentes dados disponibilizados pela Anacom dão a conhecer que estas voltam a surgir novamente na faixa dos 3,6 GHz, verificando-se hoje subidas nas propostas de sete dos 40 lotes disponíveis.

Clique nas imagens para mais detalhes

Nesta faixa nativa do 5G, todos os lotes da categoria J já valorizaram mais de 300%. Apesar do ritmo de crescimento diário das propostas, a maioria conta com uma valorização de 330%, com alguns lotes a superar essa marca, como o J09, que registou uma subida de 342%.

A totalidade do leilão resulta agora num encaixe potencial de 411,931 milhões de euros: um valor que, apesar de ultrapassar o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões, não cresceu proporcionalmente à longa duração do processo.

Recorde-se que a Anacom deu a conhecer que já aprovou a alteração ao regulamento do leilão do 5G, que foi ontem publicada no Diário da República, passando a 12 rondas diárias, o dobro das que se faziam inicialmente, a partir do próximo dia 5 de julho.

Leilão do 5G passa a ter 12 rondas diárias a partir de 5 de julho. O objetivo é acelerar o processo
Leilão do 5G passa a ter 12 rondas diárias a partir de 5 de julho. O objetivo é acelerar o processo
Ver artigo

A entidade reguladora sublinha que o atraso no processo põe em risco o desenvolvimento e entrada em funcionamento das redes 5G, considerando também que a alteração aprovada não afetará a estratégia dos licitantes. A Anacom espera que a mudança “seja suficiente para impedir que o leilão se prolongue excessivamente", porém, não afasta a possibilidade de voltar a alterar as regras, impedindo aumentos de valor de 1 e 3%, que têm sido a norma.

De acordo com a entidade, tem se "verificado um sucessivo e reiterado recurso à licitação com os incrementos de preço mais reduzidos (recorrentemente de 1%)", tal como indica a informação divulgada no seu website, "o que faz com que a progressão do leilão seja particularmente lenta". Nos dados revelados acerca os cenários de evolução dos valores dos lotes a concurso, a Anacom demonstra que se as licitações realizadas não recorressem a incrementos de 1 e 3%, o mesmo valor acumulado em mais de 100 dias podia ter sido atingido mais rapidamente.

Nota de Redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 18h58)