"Confirmo que Sandra Maximiano é a próxima presidente da ANACOM, aguardamos o parecer da CReSAP", disse João Galamba em resposta a uma pergunta direta à margem da conferência de inauguração do novo centro de interligação de redes da Altice Portugal

O atual presidente da ANACOM, João Cadete de Matos, já terminou o seu mandato e aguardava indicação do novo nome para ser substituído na direção do regulador do mercado das comunicações, depois de nos últimos anos ter liderado alguns processos difíceis, incluindo o leilão do 5G que se arrastou por vários meses.

O nome de Sandra Maximiano já tinha sido avançado como provável para o cargo, mas só agora o ministro das Infraestruturas confirmou a escolha da professora de Economia do ISEG para a presidência do regulador.

Sandra Maximiano confirmada para presidência da ANACOM
créditos: ISEG

O ministro já se tinha pronunciado sobre o papel da ANACOM em várias intervenções, defendendo que a intervenção do regulador devia ser repensada, e hoje adiantou aos jornalistas que o isso é um tema que será discutido com a futura administração. "O sector das telecomunicações está a viver transformações muito significativas, uma das áreas mais relevantes atualmente é a área digital e dos dados e essa é uma competência que formalmente a ANACOM não tem, mas tem as competências técnicas para a desenvolver", explica.

"Estamos neste momento a olhar para a reorganização institucional do sector, não só nas competências administrativas da ANACOM, e há competências de política, nomeadamente na área do digital que se calhar deviam entrar formalmente no sector. Essa é obviamente uma discussão que teremos com a futura administração da ANACOM mas é uma reforma que se torna particularmente relevante no momento em que vivemos hoje", destacou o ministro.

Em resposta aos jornalistas o ministro disse ainda que o grupo de trabalho não envolve apenas as infraestruturas mas também o ministério dos Negócios Estrangeiros por causa da AICEP, o ministério do Ambiente e da Ação Climática por causa da APA e do sector da energia e que "o Governo tem plena consciência da necessidade de agir de forma concertada".

Nota da Redação: a notícia foi atualizada com mais informação. Última atualização 17h55