O regulador das comunicações, a Anacom, está a terminar um estudo sobre redes de fibra óptica. A notícia é avançada pelo Diário Económico que aponta algumas das questões abordadas no estudo. Entre elas quem deverá pagar esta rede, quem poderá utilizá-la e de que forma podem ser repartidos custos e benefícios para acelerar a sua operacionalização.



Recorde-se que em vários países da Europa a fibra óptica está a avançar na forma de redes municipais ou mesmo participadas pelo Estado que é um dos accionistas numa rede de empresas que se compromete a investir numa infra-estrutura, que terá depois exploração independente por vários operadores.


Neste modelo a diferenciação das ofertas faz-se pelo serviço e não pela posse da infra-estrutura que será a mesma para todos os operadores.



Em Portugal a falta de decisão sobre o tema já deu margem para que alguns operadores avançassem de forma unilateral e anunciassem investimentos em fibra óptica, como a PT e a Sonaecom. A primeira tem mostrado indisponibilidade para trabalhar num modelo de partilha de rede, a segunda não.



Segundo o diário, o estudo da Anacom, perto da conclusão, entra a breve prazo em consulta pública.

O presidente do regulador revelou também à Reuters que para breve está igualmente uma decisão sobre as tarifas de terminação móvel. O projecto de decisão do regulador para este mercado previa assimetrias favoráveis à Optimus, uma questão que Amado da Silva dá agora a entender que ainda não está fechada, já que o tema permanece em debate.



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