A ESA e a NASA mostraram que estão empenhadas nas suas parcerias. As duas agências reuniram, recentemente, para alinhar estratégias nas missões relacionadas com as ciências da Terra e com a exploração lunar.
A possibilidade do primeiro astronauta europeu a pisar na Lua, um satélite de telecomunicações para exploração lunar e a missão para devolver amostras preciosas de rochas de Marte estiveram entre os temas debatidos.
O primeiro passeio pela superfície da Lua para um europeu pode ser a vantagem em troca dos novos contributos da ESA para a missão Artemis. Entre as possibilidades colocadas na mesa estão a entrega de mantimentos e infraestrutura pelo European Large Logistic Lander (EL3), ou Argonaut, serviços de comunicação e navegação através do programa Moonlight, bem como ciência e tecnologia para exploração da superfície lunar.
Atualmente, a ESA mantém o fornecimento de módulos de serviço para a espaçonave Orion, garantindo que o programa Artemis da NASA possa enviar astronautas para a Lua e além. A agência europeia já fornece módulos de serviço como parte da sua contribuição para o programa da Estação Espacial Internacional, e agora existe um acordo para levar três astronautas europeus a bordo da Orion para a futura estação lunar Gateway.
Daí até levar um astronauta europeu a pisar a superfície da Lua será “um instantinho”.
“Estamos desejosos que um astronauta da ESA se junte a nós na superfície da Lua para continuarmos a reforçar a nossa parceria de longa data”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson, depois de participar da assembleia do conselho da ESA.
As agências também assinaram um acordo sobre o Lunar Pathfinder, um satélite de comunicações que está a ser construído pela SSTL. A ESA contratou os serviços da empresa britânica no ano passado e vai assegurar as comunicações lunares à NASA. Em troca, a agência norte-americana fica responsável por lançar o Pathfinder em órbita.
Também ficou definido que vão ser feitos testes conjuntos para criar a Moonlight, uma rede de navegação por satélite na Lua, “assim como hoje navegamos na Terra usando o Galileo e o GPS”, refere-se num comunicado da ESA.
O futuro da missão ExoMars, suspensa após a invasão da Ucrânia pelas forças militares russas, foi igualmente abordado. Originalmente, a ideia seria enviar um robô a Marte até ao fim deste ano, destinado a perfurar o solo marciano em busca de sinais de vida. De acordo com o anunciado, os engenheiros da ESA estão a trabalhar nas opções disponíveis, com a NASA a acrescentar que está, também, empenhada em a analisar a melhor forma de ajudar “os amigos europeus na missão ExoMars”.
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