Os países nórdicos destacam-se como líderes na disponibilização de 5G e encerramento de redes antigas, consolidando-se como a vanguarda de uma Europa dividida em duas velocidades no que diz respeito à implementação desta tecnologia. Albergando gigantes tecnológicos como a Ericsson e a Nokia, a região beneficia de políticas inovadoras, alta urbanização e topografia plana, fatores que a colocam numa posição privilegiada no cenário global.
A Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia continuam a alcançar marcos significativos na cobertura de 5G. No final de 2024, operadores como a Telia, DNA e a parceria Net4Mobility (Tele2 e Telenor) atingiram coberturas próximas de 100% da população nos respetivos países. Na Finlândia, por exemplo, a DNA anunciou cobertura em todos os municípios do território continental, refere a Ookla.
De acordo com os dados da ferramenta Speedtest Intelligence, os países nórdicos figuraram entre os cinco primeiros na Europa em disponibilidade de 5G no último trimestre de 2024, com a Dinamarca a liderar com uma taxa impressionante de 83,4%. Tal desempenho é alcançado sem uma dependência excessiva de tecnologias transitórias como o Dynamic Spectrum Sharing (DSS), prática comum noutros países europeus, mas que pode comprometer a qualidade da rede.
Políticas governamentais progressivas aceleram transformação
Desde 2018, os governos nórdicos adotaram abordagens colaborativas e inovadoras para incentivar o 5G. Coberturas obrigatórias associadas a leilões de espectro, como na Dinamarca e Suécia, garantiram que áreas rurais fossem prioritárias na expansão da rede. Por exemplo, o leilão dinamarquês de 2019 impôs obrigações de cobertura para locais com fraca conectividade, enquanto a Suécia exigiu investimentos significativos para melhorar a infraestrutura em áreas prioritárias.
Estes incentivos têm sido fundamentais para reduzir o fosso digital, permitindo que até regiões remotas como Finnmark, na Noruega, ou Norrbotten, na Suécia, registassem níveis de disponibilidade de 5G superiores à média europeia.
Um dos fatores diferenciadores nos países nórdicos é o elevado nível de cooperação entre operadores. A partilha de redes reduz custos e melhora a viabilidade de coberturas extensivas em áreas rurais, como exemplificado pelas joint ventures TT Network (Dinamarca), Finnish Shared Network (Finlândia) e Net4Mobility (Suécia).
Esta abordagem assegura uma distribuição mais equilibrada da disponibilidade de 5G entre operadores, contribuindo para uma conectividade robusta em toda a região, refere a Ookla.
Outro fator é o encerramento antecipado de redes de gerações anteriores, como o 3G. A Finlândia e a Noruega já completaram este processo, enquanto a Dinamarca está em vias de fazê-lo. O foco agora recai sobre a gestão do encerramento do 2G, vital para minimizar impactos em sectores que ainda dependem destas redes, como a agricultura.
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