A NOS acaba de comunicar o acordo, que é assinado hoje, que confirma a venda da totalidade das infraestruturas passivas de rede móvel, o que inclui cerca de 2 mil sites, entre torres e rooftops. Em janeiro a Altice também vendeu os 25% que ainda detinha na Omtel  à Celnex, que adquiriu a totalidade da empresa que já geria 3.000 torres de telecomunicações da MEO desde 2018. O grupo espanhol passa agora a ser dono de um parque de 5 mil torres de telecomunicações móveis e alarga a sua posição em Portugal, o oitavo país onde opera na Europa.

Para a NOS, este negócio é visto como um passo importante para o desenvolvimento da empresa.  "Esta operação é um passo importante na consolidação da nossa estratégia, atual e futura, de investimento na expansão, otimização e melhoria da qualidade de serviço de dados e voz móvel, de forma mais eficiente”, afirma Miguel Almeida, CEO da NOS, em comunicado. O responsável executivo da empresa adianta ainda que “reforçamos, desta forma, o nosso compromisso em assegurar que capacitamos a nossa operação das condições certas para continuar a ser o natural parceiro das empresas na resposta ao desafio da transformação digital, cada vez mais exigente, e das famílias portuguesas que continuaremos a servir com uma experiência de excelência.”

Cellnex compra Omtel: MEO vende participação de 25% na empresa por 200 milhões de euros
Cellnex compra Omtel: MEO vende participação de 25% na empresa por 200 milhões de euros
Ver artigo

Apesar da venda dos ativos, a NOS continuará a utilizar as torres para instalar as infraestruturas ativas de rede, tendo celebrado um acordo com um prazo de 15 anos, renovável por iguais períodos.

Segundo o comunicado, as duas empresas celebraram, ainda, um "acordo de longa duração para a prestação à NOS por parte da Cellnex de serviços de hosting da rede ativa da NOS nas infraestruturas passivas, agora adquiridas", e prevêm ainda um aumento de perímetro de até 400 sites adicionais ao longo dos próximos 6 anos.

O valor da transação é de  550 milhões de euros, ao longo de 6 anos, com um pagamento inicial de cerca de 375 milhões de euros.

Para avançar, o negócio tem de garantir a ainda "satisfação das condições habituais neste tipo de transação" e não ser alvo de oposição pela Autoridade da Concorrência.

Recorde-se que em fevereiro a NOS e a Vodafone tinham assinado um acordo de intenções para a partilha de infraestrutura do 5G, alargando um acordo de partilha de sites que já tinham há vários anos.

Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação