Um estudo da Point Topic aponta Portugal como um dos países europeus com melhores condições para atingir as metas europeias de penetração de infraestruturas de banda muito larga (Redes de Nova Geração - RNG).



As metas em questão, para 2020, preconizam o acesso de todos os cidadãos europeus a banda larga super rápida. A pesquisa sublinha que Portugal já atingiu 75% desse objetivo, garantindo cobertura de serviços de banda larga com um débito de pelo menos 30 Mbps à maioria da população.



O documento mostra que em Portugal a cobertura de redes de banda larga (com pelo menos 144 Kbps) chega a 100% da população, a média apurada no estudo para os vários países é de 96% da população. 75% da população pode também, à data de hoje, subscrever serviços de banda muito larga. Mostra-se também, no entanto, a distribuição da cobertura no que se refere à banda larga super rápida é muito heterogénea, com várias regiões do país a terem um acesso mais limitado ao serviço.

[caption]banda larga[/caption]

"Embora com um nível de vida relativamente baixo, Portugal posiciona-se muito à frente da média europeia no que se refere à cobertura de serviços básicos de banda larga e de serviços de banda larga super rápida", defende a Point Topic, que compara resultados de 29 países na pesquisa, UE, Noruega e Islândia.



A empresa atribui a vantagem de Portugal nesta matéria a "uma forte combinação de infraestruturas de redes de cabo e FTTP que resulta na quinta melhor cobertura de banda larga super rápida", só excedida por países com um nível de vida muito superior.



Números divulgados ainda na semana passada pela Anacom mostram que os dados de casas passadas refletidos nos números europeus estão longe de traduzir índices reais de utilização dos serviços. No final de setembro a banda larga fixa chegava a 22 habitantes em cada 100. A banda larga móvel a 28,9 habitantes em cada 100 e a fibra apenas a 3,2 habitantes em cada 100, embora fosse a tecnologia com maiores índices de crescimento no período em análise.



O relatório que posiciona Portugal foi encomendado pela DG Connect, o departamento da Comissão Europeia responsável pela estratégia para a Agenda Digital.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira