São cada vez menos os portugueses que dedicam o seu tempo exclusivamente a uma plataforma de media. A televisão continua a ser "rainha", mas acompanhada do telemóvel ou da Internet, ou do telemóvel e da Internet, refere um estudo encomendado pela APAN - Associação Portuguesa de Anunciantes à GfK.

Denominada "Comunicar na era da informação. Que mudanças no consumo de media em Portugal?", a análise apresentada esta segunda-feira em Lisboa, revela que mais de metade dos portugueses utiliza vários meios de comunicação ao mesmo tempo, preferencialmente a TV e o telemóvel - 4% usam-nos sempre em simultâneo, 14% com frequência, e 33% às vezes.

A combinação entre a televisão e a Internet acontece "sempre" em 1% dos casos, "frequentemente" em 4% e "às vezes" em 14% das situações.

Os resultados do estudo, citados pelo jornal Público, revelam ainda que os jovens abdicariam muito mais facilmente da televisão do que do telemóvel.

Na realidade um quinto dos jovens diz que seria difícil deixar de ver televisão - contra 53% do total dos inquiridos e 81% dos maiores de 65 anos, mas o telemóvel é o media que faz mais falta nesta faixa etária, com perto de metade (45%) dos jovens a responderem que seria difícil abdicar do mesmo - contra 23% do total e apenas 4% dos seniores.

Sem ser para falar, 63% dos inquiridos usam o telemóvel para enviar e receber SMS, enquanto nos jovens entre os 15 e os 24 anos esta função sobe para os 97%, sendo esta a faixa etária que mais explora o dispositivo.

Vinte e um por cento diz usar o telemóvel para tirar fotos (45% dos jovens), 20% usa-o como despertador (42% dos jovens), 12% para ouvir música (40% nos jovens), 11% para trocar MMS e usar a calculadora (30 e 24%, respetivamente, nos jovens), e 6% jogam e ouvem rádio (23 e 17% nos jovens).

Também é aos mais jovens que a Internet faz mais falta (26%), já que apenas 1% dos maiores de 65 anos acha que seria difícil abdicar da rede.

Entre os principais motivos apontados pelos inquiridos para navegar online está o uso do correio eletrónico (75%), a pesquisa de informações e notícias (64%) e a utilização de redes sociais (35% - mas chega aos 49% no caso dos jovens). A pesquisa de produtos, serviços e marcas é indicado por 28% dos inquiridos, e a leitura de jornais online é apontada por 16%.

O estudo encomendado à GfK incluiu 1.251 entrevistas diretas e pessoais a pessoas com 15 anos ou mais entre os dias 14 e 25 de Outubro passado.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico