Entre abril e junho as vendas de telemóveis recuaram 21% no mercado português, o correspondente a menos 96 mil telefones por mês, para um total de 1,08 milhões de unidades vendidas, de acordo com os últimos números do IDC European Mobile Phone Tracker.



O crescimento das vendas de telemóveis inteligentes, de 37% para 457 mil unidades, não foi suficiente. As vendas de equipamentos tradicionais totalizaram 623 mil unidades, menos 37% que em igual período do ano passado, diminuindo o peso deste segmento no total do mercado para os 58%.



Numa nota de imprensa Francisco Jerónimo, responsável europeu de research da área de telefones móveis da IDC, explica que os números apurados pela consultora voltam a reletir a "forte contração da procura em virtude da deterioração da economia portuguesa".



A retração nas vendas de equipamentos será também uma consequência dos vários anúncios que apontam o terceiro trimestre como altura escolhida para lançar novos modelos de equipamentos, novidades pelas quais os utilizadores estão a aguardar. Esta é uma tendência que afeta essencialmente a gama alta do mercado.



Numa análise por fabricantes a Samsung continua a liderar o mercado, graças à linha de produtos Galaxy, uma tendência que, como frisa a IDC, se tem verificado um pouco por toda a Europa. A fabricante coreana terminou o trimestre com uma quota de 33% do mercado e 359 mil unidades vendidas. A Nokia vendeu 311 milhões de telemóveis, garantindo uma quota de mercado de 29%.



O sistema operativo usado pela Samsung na maioria dos equipamentos, o Android, também continua a ganhar quota. No segundo trimestre do ano 74% dos smartphones vendidos em Portugal (338 mil unidades) tinham o sistema operativo com desenvolvimento promovido pela Google, num crescimento de 37% face ao mesmo período do ano passado.

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Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira