(Actualizada) Os portugueses continuam a estar entre os consumidores europeus que pagam mais pela Internet de banda larga. Esta é uma das conclusões do "Relatório Anual de Acompanhamento de Comunicações Electrónicas" da Autoridade da Concorrência (AdC).

O documento indica que nas velocidades de download mais utilizadas em Portugal (2 Mbps e 4 Mbps e entre 4 Mbps e 8 Mbps), o desvio face aos preços praticados nos restantes Estados-membros da Europa a 15 é superior a 20 por cento.

O relatório sobre o mercado de comunicações electrónicas refere-se a 2008 e mostra ainda que Portugal continua ter uma taxa de acesso à Internet em banda larga fixa reduzida, mas cresce a "olhos vistos" no serviço de banda larga móvel.

No que respeita ao serviço de acesso à Internet em banda larga fixa, em Janeiro de 2009 o país apresentava uma taxa de penetração "reduzida" de 16,5 por cento. "Este atraso poderá, no entanto, ser compensado pelas elevadas taxas de crescimento do serviço de Internet em banda larga móvel", escreve a AdC, revelando que, entre o primeiro trimestre de 2008 e o primeiro trimestre de 2009, o número de utilizadores do serviço móvel registou um aumento de 57 por cento, conseguindo uma taxa de penetração de 12,1 por cento.

O Gabinete do Plano Tecnológico já veio contestar estas conclusões, defendendo que contrariam outros estudos recentemente divulgados e lembrando que Portugal tem o 5º preço médio mensal por Mbps mais baixo da OCDE, segundo este estudo que o TeK noticiou à data.

De acordo com um comunicado do mesmo gabinete, a AdC toma por base de comparação dos preços de banda larga um relatório elaborado pela Van Dijk Management Consultants para a Comissão Europeia que "enferma de limitações metodológicas significativas que tornam inválidas as conclusões que dele foram extraídas em relação a Portugal".

Os argumentos podem ser consultados na integra neste link.

Nota da Redacção: A notícia foi actualizada com a contestação dos dados do relatório por parte do Gabinete do Plano Tecnológico.