Os internautas portugueses são os sétimos na Europa que mais usam serviços de mensagens instantâneas e os oitavos que mais fazem chamadas de voz na internet, ficando acima da média da região nestes indicadores. Estes são aliás dois de vários serviços online já usados por mais de metade dos portugueses ligados à internet. Acontece o mesmo com a leitura de notícias online, participação em redes sociais, música online ou Internet banking.

Em concreto, na utilização de redes sociais, no acesso a informação online e nos serviços de banca online (pela primeira vez em 2022), os portugueses também estão acima da média da UE27. Já no comércio eletrónico a realidade continua a ser outra e Portugal fica abaixo da média.

Os dados constam de um relatório da Anacom, que analisa a utilização de serviços over-the-top (OTT) em Portugal e na União Europeia em 2022. Mais em detalhe, revelam também que ao longo do ano passado 81% dos utilizadores da Internet efetuaram chamadas de voz ou vídeo por essa via. O número traduz um crescimento de 2 pontos percentuais face ao ano anterior e mantém Portugal acima da média da UE27 neste indicador (em 9 pontos percentuais), ficando na 8.ª posição do ranking.

Numa avaliação mais lata, abrangendo toda a população, a penetração dos serviços de VoIP desce para 69%, ficando ainda assim acima da média europeia (3 p.p). Refira-se que Portugal ocupava o último lugar deste ranking em 2019 e está agora na 13ª posição, considerando toda a população.

Os serviços de instant messaging já têm mais tradição no país e também uma base de utilizadores mais extensa, que cobre 92% dos utilizadores de Internet e que faz dos internautas portugueses os sétimos maiores utilizadores deste tipo de aplicações, 12 p.p. acima da média da UE a 27. Alargando a análise a toda a população, a penetração dos serviços de instant messaging em Portugal fechou o ano nos 78%, 13º do ranking europeu.

Menos expressiva, mas igualmente a crescer está a utilização de serviços de videostreaming on demand, 42% dos internautas já os utilizam, bem como 36% da população em geral, o que confere a Portugal as 16ª ou 17ª posição no ranking europeu, consoante a amostra se restrinja aos internautas ou se alargue a toda a população.

Os dados compilados pela Anacom mostram ainda que, embora os jovens estudantes ou com formação superior, sejam o grupo com maior propensão para usar serviços OTT, não foi nessa faixa etária que a utilização destes serviços mais cresceu em 2022.

«Para alguns serviços OTT o crescimento anual foi maior nos grupos com menor utilização, como é o caso dos reformados e indivíduos com mais idade, tanto na realização de chamadas de voz e vídeo pela Internet como na utilização de instant messaging», detalha a Anacom.

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