No ano passado, 92,2% dos internautas utilizaram serviços de mensagens instantâneas e 42,3% subscreveram serviços videostreaming on demand, indicam dados da ANACOM sobre a utilização de serviços over-the-top em Portugal.
Quase dois terços dos países da União Europeia estarão contra a aprovação de uma taxa na região, que obrigue as grandes empresas da internet a co-financiar os desenvolvimentos que as telecomunicações têm de fazer nas redes de alta velocidade. Portugal não fará parte do grupo.
A nova legislação espanhola sobre o apoio ao cliente pode juntar empresas como a Meta ou a Alphabet à lista das que têm de garantir serviços de apoio ao cliente, se a proposta dos operadores de telecomunicações for aceite.
O consumo de serviços de mensagens instantâneas e de chamadas de voz pela internet entre os internautas portugueses está acima da média europeia. Estes não são os dois únicos serviços online onde isso se verifica, mas são aqueles onde a utilização é mais expressiva ou mais cresceu.
Segundo a Anacom, em 2021, 80% dos utilizadores da Internet realizaram chamadas de voz ou vídeo e 91% recorreram a serviços de mensagens instantâneas. Em destaque está também o crescimento na utilização de serviços de streaming de vídeo on demand.
A pandemia acelerou o crescimento desta tendência e fez disparar a subscrição de serviços de streaming para vídeo on demand, uma oferta que vai continuar a atrair utilizadores e que em 2025 já deve contar com 2 mil milhões de adeptos.
De acordo com a Anacom registaram-se aumentos de 55% no tráfego médio de dados fixos e de 20% no de encomendas em 2020. Já a utilizações de serviços digitais over-the-top passou de 52,5% para 70,5%. A pandemia também causou um aumento das comunicações de voz tradicionais.
Embora a Netflix se afirme como o serviço de subscrição mais popular na europa ocidental, a plataforma poderá registar um desaceleramento no seu crescimento a partir do próximo ano e terá “lutar” contra rivais como o Disney+ ou o Amazon Prime Video para se manter na liderança.
Serviços como o Netflix ou o WhatsApp têm levantado algumas questões regulatórias e económicas por usarem as infraestruturas de rede de forma gratuita, num modelo que é designado como Over The Top (OTT).