No dia 3 de fevereiro de 2022, a SpaceX enviou para o espaço um novo grupo de 49 satélites da sua rede Starlink para se juntaram a uma "constelação" de 2.000 satélites de internet de banda larga, construídos pela empresa de Elon Musk e colocados em órbita a cerca de 210 quilómetros de altitude da Terra. Pelo menos 40 desses satélites não chegaram ao seu destino.
Poucos dias após o sucedido, a SpaceX revelava que os dispositivos tinham sido impactados por uma tempestade geomagnética a 4 de fevereiro. Como essas tempestades aquecem a atmosfera e tornam-na mais densa, o acontecimento fez com que o “arrasto” atmosférico aumentasse até 50% acima do registado face a anteriores lançamentos de satélites.
O aumento do arrasto em baixa altitude impediu os satélites de saírem do modo seguro para realizarem as manobras que os levariam a entrar em órbita, o que levou a que pelo menos 40 desses satélites acabassem por reentrar na atmosfera terrestre.
A SpaceX também garantiu na altura que os satélites afetados pela tempestade desintegraram-se na entrada na atmosfera, sem que nenhum pedaço tenha ficado como lixo espacial ou tenha atingido o solo.
Veja na galeria um dos últimos lançamentos da Starlink
Um grupo de cientistas, entre os quais investigadores do Space Flight Center da NASA, analisou em profundidade o evento que levou à queda da frota Starlink e revelou agora que tudo começou a 20 de janeiro de 2022, quando o Sol registou uma explosão de classe M 1.1 e ejeção de massa coronal relacionada. O material chegou à Terra alguns dias depois.
A massa de plasma foi expelida de uma área ativa no quadrante nordeste do Sol, viajando a mais de 600 quilómetros por segundo numa nuvem magnética de choque. Posteriormente, o plasma e a magnetosfera colidiram, gerando a chamada tempestade geomagnética.
O prejuízo registado pela Starlink superou os milhões de dólares, mas foi um risco que a SpaceX decidiu correr, ao decidir continuar com o lançamento, apesar de ter sido avisada de que as condições não eram as ideais.
Entre os dispositivos afetados esteve também uma nave de observação da NASA, conhecida como STEREO-A, em órbita há aproximadamente 16 anos, embora não tenham sido partilhados detalhes adicionais sobre o impacto.
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