Entre 2011 e 2013, um grupo de 15 indivíduos terá montado um esquema de fornecimento de sinal de televisão por cabo a cerca de 500 clientes, faturando pelo menos 100 mil euros. Os membros do negócio ilegal operavam a partir de Gondomar e utilizavam recetores importados da China para enviar o sinal para os seus clientes, que pagavam mensalidades de 10 euros para usufruir da “televisão pirata”.

Segundo o Jornal de Notícias, os membros do grupo, que já começaram a ser julgados no tribunal de S. João Novo, no Porto, utilizavam um esquema de “cardsharing”, ou seja, a partilha de cartões. Depois de adquirir um pacote de serviços da ZON, boxes importadas da China eram adaptadas para terem acesso livre aos canais de televisão, uma operação feita a partir dos computadores dos líderes do grupo.

Segundo avança o jornal, dois dos mentores do grupo eram sócios de empresas de importação de material eletrónico e equipamentos de satélite e outro era técnico informático. Já os clientes não foram constituídos arguidos visto não terem sido identificados pelas autoridades, pois nos registos da rede constavam apenas números e códigos.

O sinal da rede pirata de televisão era transmitido de Gondomar, Maia e Paços de Ferreira, as localidades dos mentores do grupo. Já os clientes estavam espalhados pelo território, de Guimarães, Viana do Castelo e Setúbal, entre outras localizações.