A Starlink de Elon Musk já está em todos os continentes. Os avanços mais recentes no plano de expansão da empresa foram a aprovação dos serviços de internet por satélite da empresa na Nigéria, depois de em fevereiro o regulador moçambicano ter também já dito que tinha autorizado a entrada da empresa no país. A internet por satélite da SpaceX estará disponível na Nigéria, já a partir do terceiro trimestre do ano, e em Moçambique será lançada entre outubro e dezembro, estima agora a empresa.
Para que o serviço possa ser fornecido nos dois países foi preciso garantir aprovação dos reguladores locais das comunicações e licenças de operação, um processo que já tinha começado no ano passado e que para a SpaceX era crítico para o processo de expansão.
África é uma das regiões do globo onde a companhia liderada pelo multimilionário mais quer apostar, já que a falta de infraestruturas físicas de banda larga fazem do continente uma das regiões do globo com menos acesso à internet e serviços mais dispendiosos, um problema que as redes móveis têm ajudado a resolver, com limitações.
O mapa no site da Starlink confirma o que a empresa tem dito e coloca todo o continente na lista de países onde a companhia quer começar a operar até 2023. Na mesma situação está a América do Sul, a Ásia ou a Austrália, onde a cobertura de banda larga continua também a ter grandes falhas, fora dos maiores centros urbanos.
O preço pode ser o maior obstáculo a uma expansão rápida e massiva dos serviços da Starlink, que se apresenta como uma solução de banda larga de alta velocidade e baixa latência para locais remotos e rurais.
Em Portugal, onde o serviço também já está disponível, tem uma mensalidade de 99 euros e requer a utilização de hardware que custa 649 euros. Mesmo com os ajustes necessários para levar a oferta a países com um rendimento per capita inferior ao português, adivinha-se uma oferta que não é para todas as carteiras, algo que tem vindo a ser referido sobre a oferta desde que foi lançada.
Os serviços de banda larga da Starlink são assegurados por uma constelação de satélites que está em órbita a cerca de 550 quilómetros da terra, segundo a empresa, muito menos que os equipamentos responsáveis por outros serviços do género, o que permite reduzir o tempo de viagem de dados entre o utilizador e o satélite e assegurar um serviço mais fiável.
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