De acordo com a Anacom, na semana de 11 a 17 de janeiro, altura em que Portugal voltou ao confinamento, o tráfego de dados fixos registou um aumento de 8% face à semana anterior, representando uma subida de 71% em relação ao período anterior à pandemia.
O tráfego de voz fixa aumentou 3%, apresentando também um crescimento de 24% em comparação ao período pré-COVID-19. Já no que toca ao tráfego de encomendas na semana do novo confinamento, a Anacom destaca que o número foi 8% superior ao registado no período pré-COVID.
A entidade reguladora explica que, durante o Estado de Emergência em março de 2020, o tráfego de voz fixa cresceu, em média, 53% acima da tendência de crescimento do período pré-COVID19, enquanto a voz móvel cresceu 36%. Depois desse período, o crescimento atribuível às medidas excecionais e extraordinárias foi entre 46% e 47%, no caso do tráfego de voz fixa, e entre 34% e 38% no caso da voz móvel.
Com a entrada em vigor do Estado de Contingência, a 15 de setembro do ano passado, e do Estado de Calamidade, em a 15 de outubro, verificou-se uma nova aceleração do tráfego de voz.
A Anacom detalha que, durante o período em questão, o tráfego de voz fixa e o de voz móvel aumentaram adicionalmente 1,6% por semana e 0,8% por semana, respetivamente, face ao período anterior. Com a entrada em vigor do segundo Estado de Emergência, a 9 de novembro, registou-se um abrandamento devido à ocorrência de feriados no mês de dezembro.
Desde o início da pandemia que nas semanas em que ocorreram feriados o consumo de tráfego de voz fixa e móvel diminuiu para menos 8%. Semelhantemente, durante o mês de agosto registou-se uma queda de 10% do tráfego de voz fixa e móvel.
O tráfego de dados fixos é o que mais tem crescido desde a entrada em vigor das medidas associadas à contenção da pandemia de COVID-19. A entidade estima que, durante o primeiro Estado de Emergência, o tráfego de dados fixos tenha crescido cerca de 49% face ao período pré-pandemia. Após esse período, o crescimento atribuível às medidas variou entre 31% e 36%.
À semelhança do que aconteceu com tráfego de voz, com a entrada em vigor do Estado de Contingência em setembro e do Estado de Calamidade, em outubro foi possível verificar uma aceleração do tráfego de dados, se bem que com um crescimento adicional de mais 1,6% por semana.
No segundo Estado de Emergência, atingiram-se dois novos máximos históricos no tráfego de dados fixos, que coincidem com as semanas onde foram concedidas tolerâncias de ponto e em que ocorreu um feriado. O tráfego de dados móveis já tinha registado um aumento durante o período do Verão e que coincidiu com a generalidade do período de Estado de Alerta.
Assim, o tráfego de dados fixos é o tipo de tráfego que apresenta o maior desvio face à semana anterior à declaração de pandemia, com mais 75%, representando 96% do total deste tipo de tráfego.
O tráfego de voz móvel, que representa 89% do total do tráfego de voz, foi 24% superior ao verificado no período pré-COVID-19. O de voz fixa ficou 18% acima do registado nessa altura, elucida a entidade. Face ao período pré-pandemia, o número de acessos em local fixo cresceu 2,2% e o número de acessos móveis aumentou 0,7%. Os planos móveis pós-pagos aumentaram 2,8% e os pós-pagos residenciais tiveram uma subida de 3,4%.
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