Nos próximos dias, a Comissão Europeia deverá anunciar a aprovação do acordo de partilha de custos da construção de infra-estrutruras de terceira geração (3G) na Grã-Bretanha, segundo um artigo recentemente publicado pelo Financial Times.



A aprovação de um negócio do género entre a T-Mobile, subsidiária da Deutsche Telekom, e a mmO2 poderá indicar ainda que a Comissão dará igualmente o seu parecer positivo a um acordo similar entre as duas empresas na Alemanha.



A decisão, que afecta os dois maiores mercados de telecomunicações da Europa, poderá contribuir para acabar com a incerteza regulatória e reduzir custos. A partilha de redes é uma forma óbvia de reduzir os custos de construção de uma rede 3G, mas até agora tal não tem sido permitido pelas leis europeias.



O comissário europeu para a Sociedade da Informação, Erkki Liikanen, apelou para que a partilha de redes fosse introduzida em Março do ano passado, mas Mario Monti, comissário para a Concorrência, afirmou que a aprovação de tal estratégia dependeria do número de operadores em determinado mercado e da profundidade da cooperação e que tal não seria aceitável se a mesma fosse além da divisão de antenas e estações base.



A decisão que se espera poderá, assim, ajudar a definir mais claramente os limites para a partilha de redes na Europa, visto que o acordo entre T-Mobile e mmO2 está para além do considerado "aceitável" por Mario Monti. Poderá igualmente conter a resposta para os problemas dos restantes operadores de telecomunicações europeus, que pagaram mais de 100 mil milhões de euros pelas licenças para operarem redes 3G.



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