Na opinião de Mário Vaz, que esta quinta-feira foi o convidado de um jantar promovido pela Associação Portuguesa das Comunicações, a disputa "vai ter que se repercutir no preço final", cita o Jornal de Negócios.

Essa consequência será sentida numa segunda volta da guerra dos conteúdos, que estará focada na distribuição. "O que aconteceu até agora foi a aquisição de conteúdos desportivos. O que vai acontecer depois, a segunda volta, é a distribuição dos mesmos", defendeu.

Quando os acordos assinados entre os clubes, a NOS e a MEO entrarem em vigor, quem não tem os conteúdos que as duas empresas conseguiram garantir terá de negociar para os disponibilizar e é nessa altura que Mário Vaz antecipa uma subida dos preços.

O responsável espera uma subida de preços para os operadores, mas também para os consumidores."Em 2018 [data de entrada em vigor da maioria dos contratos da Meo e da Nos] os valores vão ser substancialmente superiores", prevê.

A Vodafone ficou de fora do primeiro round desta guerra dos conteúdos, mas prepara-se para ir à segunda volta, com Mário Vaz a sublinhar que em Portugal como noutros países, a operadora britânica não está no mercado de direitos de televisivos, só na distribuição de conteúdos, por uma questão de racionalidade dos investimentos realizados.  

A operadora acredita que vai continuar a transmitir os jogos do campeonato nacional de futebol, mesmo depois da entrada em vigor dos acordos realizados pelos clubes com a NOS e a MEO. Garante que a Vodafone terá todo o interesse em negociar com os concorrentes para manter essa oferta no seu serviço de TV paga "agora, com que valores e em que moldes é que não sei", destaca.

Nota de redação: Foi corrigida uma gralha na notícia, em relação ao nome da MEO.