Cláudia del Castillo, Sales manager da Magirus Portugal, explicou ao TeK os impactos para a empresa do acordo de distribuição que esta semana estendeu uma parceria da empresa com a VMWare em Espanha, também para Portugal. O acordo faz da Magirus distribuidor no país do portefólio completo de soluções daquela fabricante.

A propósito do acordo a responsável partilhou também com o TeK a sua visão sobre a virtualização: os factores que motivam os investimentos actuais das empresas nesta área e que vantagens terão no futuro as empresas que já hoje estão a investir em tecnologias de virtualização.

TeK: O que prevê o novo acordo de distribuição que estão a anunciar para Portugal e que alterações implica na estratégia da marca para o mercado local?
Cláudia del Castillo:
A partir de agora, a Magirus vai poder oferecer aos seus parceiros e clientes em Portugal a distribuição do portfólio completo de todas as soluções de um dos mais prestigiados fornecedores de virtualização, através do alargamento do acordo espanhol com a VMWare para Portugal.
A Magirus vai gerir todas as soluções VMWare, desde a plataforma de virtualização mais reconhecida do mercado VMware VSphere 4 até a distribuição de soluções mais avançadas, baseadas em ambientes virtuais VMWare, tais como o Business Continuity, Desktop Virtualization (VDI), Virtualization Management e Cloud Computing.
Através deste acordo, os nossos parceiros terão a possibilidade de usufruir de um vasto leque de opções no que toca à área da virtualização, desde a pré-venda, demonstrações, formações e eventos, à geração de leads e apoio na questão dos fundos de marketing e financeiros. A Magirus passará também a ser Centro Oficial de Formação de todo o portfólio da VMWare, estando prevista a criação de um demo center ibérico para breve.
A Magirus possui ainda uma forte especialização e experiência em VMWare View, o que nos permitirá desenvolver negócios one2one com os nossos parceiros, alinhados sempre com os objectivos de negócio de parceiros e clientes com a eficaz estratégia da VMWare.

TeK: Neste momento qual é a representatividade da Magirus em Portugal e em que áreas estão a trabalhar?
C.C.:
A Magirus distribui em Portugal soluções integradas em diversas áreas das Tecnologias da Informação, como é o caso de soluções e infra-estruturas de TI, ILM, virtualização, armazenamento, segurança, networking e open source. Actualmente, em Portugal, trabalhamos em conjunto com parceiros de renome, como é o caso da Juniper, Avaya, RSA, Websense, Radware, Allot, Riverbed, Kaspersky, Red Hat, Platespin, Veeam, Datadomain, entre outros.
Graças a este acordo vamos poder oferecer um portfólio de soluções mais completo aos nossos parceiros.

TeK: Tendo em conta o novo acordo pode referir que metas têm para o mercado português até final deste ano ou do próximo, em termos de crescimento?
C.C.:
O negócio da Magirus em Portugal tem crescido nos últimos anos. Os nossos valores de facturação têm aumentado ano após ano. Para 2010 pretendemos continuar a crescer em todos os segmentos que representamos em Portugal, sendo que destaco ainda o segmento da virtualização que perspectiva um forte crescimento, e consequentemente virá a designar uma elevada fatia do negócio da Magirus.

[caption]Claudia del Castillo[/caption]

TeK: Na vossa perspectiva o que representa hoje a virtualização no mercado português. Estas tecnologias ainda são sobretudo usadas por grandes empresas ou começam ou o seu uso já está generalizado, por várias dimensões e sectores de actividade?
C.C.:
A virtualização é uma realidade, é uma tecnologia que está a ser cada vez mais utilizada, sendo que será aproveitada não só pelas grandes empresas, mas também pelos diversos sectores de actividade, diversas empresas e PMEs. Os muitos benefícios da aposta em virtualização traduzem-se tanto pela performance, como pelo retorno do investimento.
As soluções em virtualização permitem também reduzir custos e simplificar a infra-estrutura, aumentar a segurança dos dados e dos sistemas, e reduzir o espaço físico de armazenamento, bem como o consumo de energia dos equipamentos.
Para além disso, a virtualização possibilita que as "máquinas" se tornem independentes de um ambiente físico, fazendo com que os colaboradores das empresas possam melhorar a continuidade do negócio, aceder e partilhar informações fora do seu habitual local de trabalho, fomentando assim o teletrabalho. Em empresas que têm os seus recursos humanos geograficamente dispersos, a virtualização tem mesmo de ser considerada um objectivo de curto prazo.

TeK: Nos próximos cinco anos que mudanças/alterações serão mais visíveis na vida das empresas que hoje já usam soluções de virtualização, na sua opinião?

C.C.:
ara as empresas que já apostam na tecnologia da virtualização, a tendência é que se verifique ao longo do tempo uma redução do espaço físico de trabalho, o que irá certamente gerar uma redução dos custos fixos das empresas e organizações.
Através da virtualização, a partilha e divulgação de informações entre os utilizadores será cada vez mais rápida e eficaz, pelo que o tempo de resposta a solicitações terá de ser consequentemente cada vez menor. Já nos dias de hoje, as empresas que invistam na virtualização dos seus sistemas conseguem amortizar os custos a médio prazo, tendo em conta toda a redução de custos inerente.
O aumento da procura por soluções de virtualização ganhou um grande impulso com a crise económica mundial. A turbulência financeira impulsiona esses projectos, graças a uma maior facilidade de gestão e à implementação de novos sistemas, sem o pesado investimento em hardware. A tendência será para, num futuro breve, este aumento ser cada vez mais acelerado.
As empresas, motivadas pela possibilidade de reduzir custos com componentes de rede, energia e refrigeração, encontram na virtualização, benefícios que vão muito além disso. A maior atracção é a possibilidade de poder fazer tarefas mais rapidamente; já que a virtualização permite a optimização de processos, ao dispor elevada fiabilidade, consolidação, melhor desempenho, escalabilidade e simplificação do ambiente.
Outra grande vantagem é a adesão aos requisitos e conformidade das Green IT (TI Verde). Virtualizar servidores e desktops são apostas que vão de encontro às políticas de responsabilidade ambiental, pois reduzem drasticamente o consumo de energia eléctrica.

Cristina A. Ferreira