A Agência de Inovação (AdI) volta a contar com Lino Fernandes para a presidência, substituindo. Lino Fernandes já havia assumido o cargo durante os dois governos de António Guterres (de 1996 a 2002) e até à data exercia a actividade de assessor no Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O regresso acontece apesar de uma auditoria negativa ao seu mandato realizada pela Inspecção-geral das Finanças que verificou todas as actividades da AdI entre os anos 2000 e 2002 a pedido da administração de Emídio Gomes. De acordo com o Jornal de Negócios, "o trabalho de gestão praticado neste período foi classificado como deficiente, acusando os elementos da administração de então da prática de um conjunto de irregularidades".

Em declarações ao jornal, Borges Gouveia, anterior administrador da AdI, admitiu que os 32 meses que esteve à frente do organismo custaram-lhe mais do que os cumpridos ao abrigo do serviço militar. "O tempo que estive na Marinha foi muito mais interessante do que andar a aturar políticos. Andamos a brincar à gestão e à inovação".

Actualmente, o orçamento da AdI é de três milhões de euros, mas Borges Gouveia recorda que quando chegou à AdI não havia budget para pagar salários e "hoje, a casa está cheia de dinheiro e projectos", refere ao JN.

A AdI é detida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (50 por cento), pelo Ministério da Economia e da Inovação (17 por cento) e pela PME - Investimentos (33 por cento) e concentra responsabilidades na instrumentalização de uma série de apoios comunitários para a Inovação.

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