Por José Pedro Fernandes (*) 

Num mundo onde as ameaças cibernéticas estão em constante evolução, garantir a segurança dos dados tornou-se uma prioridade inevitável para as empresas. Mas o que realmente significa escolher uma ferramenta de gestão que proteja os dados e a confiança dos clientes e funcionários? Por trás de cada ferramenta de gestão estão pessoas que trabalham para proteger o que é mais valioso: a confiança daqueles que dependem desses sistemas. Isso é especialmente relevante para as organizações que lidam com informações confidenciais, como dados pessoais e de funcionários. Por conseguinte, a utilização de ferramentas de Gestão da Força de Trabalho (WFM) ajuda a otimizar horários e turnos, mas também, atua na proteção contra riscos digitais.

Adotar as soluções WFM certas não é tarefa fácil. Escolher corretamente pode significar a diferença entre manter a tranquilidade para os envolvidos ou enfrentar danos reputacionais e sanções legais. Por isso, vale a pena refletir sobre quais os aspetos a ter em conta nesta escolha.

Segurança e escolha com impacto humano

Como podem as empresas transformar a cibersegurança num ativo estratégico? Não se trata apenas de cumprir com os regulamentos. A adoção de sistemas que integrem a cibersegurança como componente-chave é fundamental. Certificações como a ISO 27001 reforçam essa estratégia, gerando não só processos mais seguros, mas também tranquilidade entre aqueles que confiam os seus dados a estas ferramentas.

Porém, o impacto destas ferramentas é ainda mais amplo, isto porque empresas que priorizam a Cibersegurança e a Segurança da Informação têm procedimentos que auxiliam no desenvolvimento seguro e apresentam funcionalidades que ajudam os seus clientes a protegerem os dados de seus colaboradores. Uma ferramenta de WFM deve garantir mecanismos que protejam os dados sensíveis dos colaboradores durante o processo de gestão dos seus turnos, assim como as suas informações pessoais, disponibilizando recursos como: a anonimização e eliminação automática de dados sensíveis, que além de serem requisitos importantes para regulamentos como o RGPD, ainda permitem estabelecer um elo de confiança entre a empresa e os seus colaboradores.

Escolher um fornecedor comprometido com a inovação contínua é uma decisão que, a longo prazo, traz estabilidade e confiança. A organização deve estar comprometida em proteger os seus ativos com planos e testes de continuidade, auditorias programadas e rotinas de manutenção recorrentes, pois as atualizações de software não são apenas “crachás” técnicos, são medidas proativas que protegem empresas e funcionários de ataques cibernéticos.

Por último, a importância da formação não deve ser subestimada. Uma ferramenta segura é tão eficaz quanto as pessoas que a utilizam. Os colaboradores estão preparados para identificar tentativas de phishing ou gerir senhas com segurança? Educar a equipa faz de cada membro da organização um aliado da cibersegurança. Assim, o esforço coletivo começa com a escolha certa da tecnologia, para se consolidar depois com o fator humano.

Em suma, escolher uma ferramenta de WFM não é apenas uma questão de tecnologia ou funcionalidade. É um compromisso com a segurança, privacidade e confiança num ambiente cada vez mais desafiante. Assim, as empresas que priorizarem estas questões não só estarão mais bem preparadas para enfrentar desafios futuros, mas também fortalecerão os laços de confiança com as pessoas que dependem de seus sistemas. Porque no final de contas, a cibersegurança não é apenas uma linha de defesa, mas uma oportunidade para construir relações mais fortes e humanas no mundo digital.

(*) Vice-Presidente da SISQUAL WFM