Por António Quaresma *
A indústria dos videojogos está definitivamente a conquistar uma nova área de influência no seio das organizações. Hoje, jogar é muito mais do que diversão. É sinónimo de recompensas e estatuto reconhecido entre outros jogadores/colegas, é Gamification.
Segundo a Gartner, este é um fenómeno que está a acontecer nas nossas organizações. A ideia de aplicar as mecânicas dos jogos como estratégia tem vindo a ser uma ideia maturada e tem vindo a evoluir nas áreas de negócio, gestão do talento e marketing, tornando-se numa das grandes tendências de mercado para os próximos três anos.
Estudos recentes desta consultora afirmam que 2015 será o ano em que mais de metade das organizações que geram processos de inovação vai utilizar Gamification para dinamizar a relação com os seus clientes internos e externos. Não como forma de entretenimento mas como meio para promover a motivação, inspirar as pessoas e para mudar os seus comportamentos de acordo com os objetivos organizacionais definidos. A fórmula está na conversão de clientes em fãs, potenciando o lado fun do ambiente organizacional e tornando a aprendizagem mais envolvente.
É fácil relacionarmo-nos com os jogos, pois todos nós somos jogadores, por desporto ou por obrigação. Em criança, todos os diferentes jogos que se fazem na escola e em casa. Na adolescência, ao praticar desporto, em apostas com os amigos, a jogar computador. Na vida adulta, jogos de cartas, uma ida ao casino ou o clássico jogo de futebol com os colegas de trabalho. Mas Gamification é mais complexo do que parece!
Conhece os diferentes tipos de jogadores?
Existem os achievers que são altamente focados na obtenção de um nível elevado de sucesso, medido através de pontos, prémios ou outro critério de avaliação. São conhecidos como "Diamonds" e jogam para ganhar recompensas, reconhecimento ou prestígio.
Os nominados explorers são os jogadores que são movidos pela descoberta e pela curiosidade para saber mais sobre tudo, seja novo ou totalmente desconhecido. São reconhecidos como "Spades", são exploradores que procuram encontrar algo raro ou um caminho totalmente desconhecido apenas pela emoção de o fazer.
Já os socializers são o tipo de jogador que se sente atraído pelos aspetos sociais que envolvem o jogo, mais do que a estratégia em si. Estes são considerados de "Hearts" do mundo do jogo porque apreciam realmente o prazer de interagir com os outros jogadores no jogo. Para eles o jogo é um veículo social que permite envolver os outros e construir relacionamentos.
Os killers vivem pelo lado mais competitivo do jogo. São conhecidos como "The Clubs" porque vivem pela simples oportunidade de entrar numa competição.
Gamification é uma forma estratégica de levar a equipa, num contexto organizacional, a correr mais, a realizar melhor as suas tarefas, a aumentar a sua performance para cumprir melhor os seus objetivos. A teoria dos jogos promove um melhor entendimento organizacional sobre os objetivos de jogo (de negócio), sobre a posição que se deve tomar enquanto jogador para certificar que toda a organização consegue envolver com sucesso as pessoas e fazer deste jogo um desafio com resultados de sucesso. Promover a competitividade saudável, elevar a fasquia dos objetivos e a dificuldade dos desafios propostos terá um maior retorno e poderá significar a diferença entre ter uma organização líder ou vencedora.
* Associate Process Manager New Economy da Mind Source
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