Por Artur Miranda (*)
Os grandes modelos de linguagem – como o ChatGPT - catapultaram a inteligência artificial para ser um dos tópicos de maior interesse e discussão nos mais diversos fóruns públicos e privadas. Mas porquê todo este interesse? A IA não é nova, esta tecnologia já existe há várias décadas.
Uma das razões é a óbvia compreensão imediata de aplicação e as suas vantagens nos mais diversos domínios de uma organização ou a nível pessoal. Utilizamos esta tecnologia e conceptualizamos rapidamente como a podemos capitalizar para otimizar algumas das nossas tarefas. Conseguimos compreender como nos pode ajudar a ser mais produtivos. Deste ponto de vista, acredito que em nenhuma outra tecnologia foi tão imediata esta visualização do futuro.
Temos então o motivo perfeito para utilizar inteligência “artificial” para suportar uma transformação “não artificial”!
Encontramos nesta tecnologia a ferramenta perfeita para uma transformação uma vez que responde aos principais temas a considerar num programa típico de transformação, como a razão, a forma de liderança e governo, métricas de acompanhamento e reconhecimento dos resultados.
Uma gestão da mudança será tão mais efetiva quanto melhor respondermos à pergunta sobre o “porquê da mudança”. E a resposta é mais ou menos imediata: conseguimos visualizar formas de trabalho mais produtivas, é naturalmente óbvia a sua aplicação, interagimos com ela através de algo que nos é quase inato – linguagem natural -, pelo que a motivação dispara. .
Mas o desafio de “liderar a mudança” neste contexto não é uma responsabilidade exclusiva do líder. Esta tecnologia permite promover vários atores para a mudança, dado que o seu entendimento não está apenas ao alcance dos mais tecnológicos. A simplicidade sobre como visualizamos o potencial benefício motiva a dinamização da sua aplicação, diminuindo as resistências ativas ou passivas inerente às organizações.
Assegurar que “medimos” a efetividade da mudança e seu impacto é um dos desafio significativos de todos os programas de mudança. Tendo esta tecnologia uma capacidade de sumarização e avaliação de emoções, conseguimos entender e medir o impacto.
Com esta tecnologia, os colaboradores podem ambicionar viver novas realidades de atuação, potenciando a mudança como propósito e compromisso de inovação. Com o mote de nada ser impossivel, podemos “premiar” a dinamização de utilização desta tecnologia, reconhecendo e incentivando o esforço de maior inovação e disrupção.
Este “hype” em relação à intelegência artificial contextualiza um momento para promover mudanças profundas não artificias na medida em que é uma solução e a justificação para repensar o paradigma de como operamos.
Vivemos um momento ímpar onde esta tecnologia “artificial” impactará a sociedade de forma “real”.
(*) Customer Success Account Manager na Microsoft Portugal
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