Por Daniel Cruz (*)

A Transformação Digital, o Big Data e agora a RGPD continuam a mudar completamente o panorama empresarial. A tecnologia está em constante evolução e isso continua a alterar as balizas dos consumidores em relação às suas expectativas tanto para produtos como para serviços. As empresas têm de trabalhar constantemente na modernização da sua infra-estrutura TI para lidar com estas exigências, disponibilizando aquilo que se espera delas e muito mais, caso se queiram manter no topo.

Com o advento do Big Data e do RGPD, as organizações estão focadas no valor que os dados representam para o seu crescimento, e muitas delas já dispõem inclusivamente de responsáveis dedicados exclusivamente aos dados. A NetApp realizou recentemente com a IDC um estudo sobre a evolução dos dados nas organizações e quase metade das organizações afirmou já dispor de um Chief Data Officer. Estes Visionários dos Dados inspiram as suas organizações a serem Data Thrivers - aqueles que prosperam com os dados. Eles reconhecem que os dados já não estão fechados em dispositivos escondidos atrás de firewalls - eles agora são distribuídos, dinâmicos e diversos. E os dados mais recentes demonstram que as empresas que fazem esta aposta têm uma aquisição de novos clientes, uma produtividade dos colaboradores e uma rentabilidade três vezes superior.

O estudo também revelou o que separa os Data Thrivers, que são bastante agressivos no uso de tecnologias digitais para fazer ondas em novos mercados, dos que são apenas Data Survivors (aqueles que sobrevivem com os dados) ou até Data Resisters (aqueles que resistem aos dados) - tipicamente as indústrias tradicionais estão em sério risco de perder uma percentagem significativa das suas receitas para organizações mais impulsionadas pelos dados durante os próximos anos. Sectores de topo em risco incluem as utilities (29%), o retalho (25%), a indústria (20%), os serviços financeiros (18%) e a administração pública (18%).

A realidade é que Data Survivors estão a perder oportunidades de obter receita, atrasando-se no emprego dos dados para melhorar a satisfação dos clientes, e ficando assoberbados pelos seus dados. Eles utilizam ferramentas díspares para gerir dados que estão em diferentes formatos e diferentes locais, o que adiciona uma complexidade extra à gestão da segurança, do risco, da privacidade e da conformidade.

As organizações que tentam deixar de ser Data Survivors e entrar no grupo dos Data Thrivers têm de levar a cabo uma transformação holística de pessoas, processos e tecnologias e criar um roteiro para a transformação digital, o qual deve incluir: a criação de novos papéis, a definição de novos modelos de pessoal, a instituição de novos processos, a aposta em novos investimentos e a exploração de serviços de dados para a cloud híbrida.

(*)  Territory Manager NetApp Portugal