A falta de suporte ao 4G em Portugal foi uma das grandes críticas ao smartphone da Apple e por isso com a atualização do iOS para a versão 6.1 a curiosidade sobre a performance do telemóvel era grande.

O TeK já tinha feito testes intensivos ao 4G quando o serviço foi lançado - usando na altura placas de banda larga fornecidas pelas três operadoras - e pela redação já passaram outros equipamentos com suporte ao 4G, desde hotspots a tablets e smartphones.

Todas as experiências mostram que o aumento da velocidade para débitos superiores aos conseguidos no 3G é bem vinda para quem usa o smartphone ou o tablet como instrumento de trabalho ou de lazer.

A oportunidade de revisitar a análise que já tinhamos feito ao iPhone 5, agora com suporte à rede LTE, torna-se ainda mais apelativa pela especificidade da configuração da rede: ao contrário do que acontece noutros equipamentos, o iPhone 5 está configurado para as frequências 1.800 Mhz, onde as operadoras portuguesas têm investimentos diferentes, já que a Vodafone e a TMN têm ainda essa banda alocada a clientes 2G.

Esta diferenciação foi aproveitada pela Optimus para divulgar que o "seu 4G" tinha melhor cobertura no iPhone 5, e a operadora chegou a publicar anúncios de página inteira em jornais a anunciar o facto, o que foi criticado pela Vodafone que apresentou queixa no IGAP, o regulador da publicidade.

[caption]iphone 5 Lte[/caption]

Mesmo com uma cobertura ainda limitada do território nacional, o teste realizado sobretudo na cidade de Lisboa mostra que a utilização do 4G é uma mais valia em termos de velocidade de acesso.

É verdade que as velocidades estão longe dos prometidos 50 mbps, e ainda mais dos 100 mbps, mas em todas as zonas onde o LTE está ativo - o que é revelado no próprio ecrã do telemóvel, é possível aproveitar velocidades quase quatro vezes superiores às conseguidas no 3G.

As medições realizadas na app do Speedtest, com as limitações já conhecidas deste tipo de ferramentas de medição de tráfego, apontam as melhores performances a rondar os 29 mbps de download e quase 23 mbps de upload. Mas também há zonas onde as velocidades não ultrapassam os 2 mbps...

[caption]speedtest[/caption]

A localização é fundamental, mas não o único elemento que interessa nestas medições onde muitos factores podem contribuir para alterar os dados. E por isso mesmo acontece que de minuto para minuto dois testes sucessivo apresentem valores bastante diferentes.

O mais importante para quem utiliza é a experiência real, e esta prova que se no acesso à Internet, verificação de email e outras tarefas menos exigentes o acréscimo da velocidade passa quase despercebido, outras ferramentas que obrigam a maior largura de banda beneficiam largamente deste acréscimo de velocidade.

O vídeo é um dos casos evidentes, mas também alguns jogos e o download de aplicações. A diferença nestes casos é suficiente para conseguir ver um vídeo quase sem paragens e para reduzir significativamente o tempo necessário para descarregar ficheiros mais pesados, ou enviar imagens por email, por exemplo...

Aproveitámos ainda a app do Speedtest para medir as velocidades conseguidas em ligações Wi-Fi e as taxas de débito obtidas pelo LTE em alguns casos superam as de ligações locais, e até experiências com hotspots da concorrência, ligados via Wi-Fi.

[caption]speedtest hotspot da concorrência[/caption]

Como já tinhamos concluído noutros testes anteriores, o smartphone não é o melhor equipamento para tirar partido de todas as vantagens do 4G, e também por isso as operadoras estão a apostar sobretudo em equipamentos de acesso para ligar os PCs e tablets, onde as exigências de velocidade de acesso são mais prementes.

Mas a verdade é que mais de um mês de utilização do iPhone 5 com a ligação 4G vão tornar mais difícil voltar ao "velhinho" e mais "lentinho" 3G...


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador

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