A Samsung não é propriamente uma veterana no que respeita à produção de máquinas fotográficas e tem procurado ganhar espaço no mercado das compactas apresentando equipamentos que dotem os utilizadores menos experientes de ferramentas capazes de os ajudarem a saírem-se bem sem grande esforço.
"Porquê captar, quando pode criar?", lê-se no blog que a empresa dedica à área da fotografia . A ideia parece ser transversal aos vários modelos de máquinas fotográficas digitais compactas da marca, com uma clara aposta no automatismo e oferta de efeitos para edição das imagens - e que podem ser bastante úteis na altura de disfarçar dificuldades sentidas na captação de imagens em condições mais adversas… ou a simples falta de jeito.
Num portefólio que já vai ganhando alguma dimensão, há dois modelos que se destacam não só pela presença clara das características acima descritas, mas também pela preocupação em trazer novidades ao mercado. Falamos da ST700 e da SH100, que passaram pela redação do TeK, para alguns testes.
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O primeiro dos modelos referidos destaca-se por contar com dois ecrãs, um na parte de trás da máquina, como é habitual, e o outro, de menores dimensões, colocado do lado direito da lente, onde tanto pode servir como espelho para auto-retratos, como de janela com desenhos animados que captam a atenção dos mais novos, facilitanto a, por vezes dificil, tarefa de mantê-los com o olhar apontado à câmara.
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No caso da SH100, a diferença para as suas semelhantes é marcada pela integração de ligação Wi-Fi no equipamento, assim como de funcionalidades que permitem o envio direto das fotografias para suportes como o email e redes sociais, sem precisar de cabos ou mais dispositivos.
Mesmo que a utilidade prática da ferramenta seja discutível, a inovação valeu-lhe o prémio EISA Best Product 2011-2012 na categoria Social Media Camera. O galardão, atribuído pela associação que representa 19 revistas especializadas do sector, distinguiu o modelo pelas potencialidades ao nível da partilha de ficheiros.
Tudo o que experimentámos se revelou funcional e eficiente, embora tenha ainda algumas limitações ao nível do que se pode e não pode fazer quando os ficheiros são carregados para os serviços online. Não espere, por exemplo, ser capaz de nomear a fotografia que manda para o mural do Facebook. Tem, no entanto, a vantagem de poder editar as fotografias antes, recorrendo aos recursos incluídos na máquina.
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Para além da possibilidade de upload direto de fotografias e vídeos para o Facebook, Picasa e YouTube, o equipamento pode ser ligado a televisores (via DNLA), smartphones, tablets e PCs, permitindo, por exemplo, o backup automático dos ficheiros para o computador. Outra das funcionalidades que beneficia da ligação sem fios é a possibilidade de controlar a câmara através das aplicações criadas para iPhone e Android.
A sincronização da câmara com os equipamentos ou envio de ficheiros através da Internet é dirigida a partir do ecrã LCD de 3 polegadas da máquina, que é sensível ao toque. Embora a sensibilidade não seja tanta como gostaríamos, ao fim de algumas utilizações o dedo habitua-se à pressão necessária para fazer correr menus e selecionar opções. Fica no entanto a nota de que não se trata de um equipamento à prova de ansiosos.
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Para além dos botões virtuais, a SH100 conta com pouco mais teclas: o habitual botão de disparo, com um anel que permite controlar o zoom (até 5x), o que liga e desliga o equipamento e mais um para ativar o modo de visualização (identificado com uma seta) e outro retornar ao menu inicial (com uma casa desenhada).
Ainda sobre o design, agradaram-nos as linhas retas e o aspeto sóbrio do equipamento, que nos chegou em preto, ao invés do cinza apresentado no site do produto. Mede 93 x 53,9 x 18,9 milímetros e pesa 110,2 gramas.
No que respeita à captura de imagens propriamente dita, não sentimos que a máquina, de 14,2 megapixéis, ficasse a dever em qualidade ao outro modelo que testámos da marca (que conta com 16,1 megapixéis). Talvez porque nenhum deles seja propriamente um equipamento para perfecionistas, ganhando antes nas funcionalidades "extra" que coloca ao serviço da criatividade dos utilizadores.
Embora conte com dezasseis modos automáticos para captação de fotografias e quatro para vídeo - que escolhem por si o melhor modo de focagem (incluindo a Macro, para distâncias muito curtas), abertura e tempo de exposição, para otimizar desempenhos -, no que respeita à imagem em si, os verdadeiros "coelhos na cartola" deste equipamento são os efeitos a aplicar às imagens.
Às fotografias e vídeos captados com a objetiva grande angular de 26mm é possível acrescentar filtros e efeitos (miniatura, degradação, focagem suave, filme antigo, meio tom, esboço, desembaciamento, clássica, retro, negativo, personalizada RGB, palete e olho de peixe - sendo que alguns apenas se aplicam a fotos e outros a vídeos).
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Mais exóticos são os efeitos disponibilizados pela Magic Frame, uma funcionalidade que permite enquadrar as fotografias a captar em cenários fornecidos pela câmara - que podem ir de capas de revistas a imitações de grafitti.
Apesar da inegável dose de kitsch, a solução funciona e pode ajudar a disfarçar cenas com pior luminosidade ou cenários menos interessantes, conferindo às fotografias uma certa singularidade… desde que não haja vários amigos com a mesma máquina.
Os mesmos modos automáticos de disparo (Smart Auto 2.0), efeitos e ferramentas de edição estão presentes no modelo ST700, que se apresenta como uma evolução da primeira câmara do mercado a contar com dois LCDs, em que um deles funciona como uma espécie de espelho nos auto-retratos.
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A primeira máquina do género foi lançada pela Samsung em 2009. Numa altura em que o boom das redes sociais - e de as fotografias tiradas de braço esticado - chegava ao seu apogeu, a aposta pode não ter sido tão disparatada como parceria à primeira-vista a um purista da fotografia. Provavelmente não foi, porque pouco tempo depois a empresa introduz no mercado a sucessora, equipada com um sensor de 16,1 megapixéis.
Ao LCD frontal, de 1,8 polegadas - que, para além de espelho, pode ser usado para manter os olhos de uma criança na câmara, ativando o modo Children que faz com que nele sejam apresentados desenhos animados-, soma-se um colocado na retaguarda, que mede as mesmas 3 polegadas da SH100 e é igualmente tátil.
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Neste modelo há, no entanto, espaço para mais alguns botões, um deles para ligar e desligar o ecrã frontal. As dimensões são ligeiramente superiores às do modelo com Wi-Fi, situando-se nos 98,5 x 55 x 19,8 milímetros, num equipamento com 121 gramas (sem bateria).
Em comum têm ainda a lente grande angular (26mm), o zoom até 5x, a capacidade de gravação de vídeos HD (720p) com som - mas aqui com direito a ver como está a ficar no vídeo, caso decida virar a câmara para si (e não se esqueça de ligar o ecrã frontal).
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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