A HP é líder na venda de computadores portáteis no mercado português, segundo números da IDC para o último trimestre de 2020. As medidas de isolamento devido à pandemia de COVID-19 obrigaram a população a ficar em casa em teletrabalho e os estudantes ao ensino à distância. E como tal, a procura por computadores pessoais disparou no último ano, incluindo máquinas mais poderosas, capazes de aguentar as tarefas mais exigentes ao nível profissional; mas também na hora do entretenimento não se negar a correr os jogos mais poderosos do mercado.
Para o segmento do gaming, a HP aposta na sua linha Omen, oferecendo propostas com os componentes de topo tanto ao nível das towers, nos desktops fixos, como nos portáteis. E o Omen 15-ek0003np é um dos exemplos cada vez mais recorrentes no mercado de portáteis que procuram satisfazer as diferentes necessidades dos utilizadores. Ao ser construído com os jogadores em mente, sobretudo os mais exigentes que procuram as melhores configurações para as competições de eSports, certamente que a máquina será adequada para a edição de vídeo, música ou outros trabalhos gráficos mais exigentes.
A grande diferença é que um profissional não tem de ser necessariamente um gamer, e por isso, as marcas começam a criar soluções mais sóbrias, sem os típicos LEDs RGB que transformavam os portáteis em autênticas “árvores de Natal”, notando-se à distância que um utilizador está a jogar Fortnite.
E nesse sentido, este Omen 015-ek0003np se destaca pela beleza da simplicidade. É um computador discreto, com um chassis e tampa em preto acetinado e com linhas retas. Na sua tampa tem o logo da Omen acompanhado de um losango brilhante holográfico em tons azulados. Esse símbolo acaba por moldar o design bastante retilíneo, com linhas “laminadas” e arestas pouco redondas que podem deixar algumas marcas nas mãos em longas sessões de utilização. E sendo um portátil para gaming, os componentes poderosos no seu interior tornam-no mais pesado que um laptop “comum”, cerca de 2,1 quilos. Ainda assim, pesa menos que o Lenovo Legion 5i, que registou cerca de 2,5 quilos.
Ecrã IPS a 300 Hz e G-Sync: o melhor amigo dos gamers
Na parte de baixo da base encontramos uma grelha horizontal a ocupar metade da área, que albergam as ventoinhas de refrigeração da máquina. O seu alinhamento perfeito está em linha com o resto do design, sobressaindo-se ainda o logotipo da Omen gravado com relevo no centro da base. A grelha das ventoinhas funciona como uma extensão das entradas de ar colocadas na traseira do portátil, abaixo das dobradiças, estendendo-se em toda a base. Só de olhar para esta área de refrigeração do portátil consegue-se imaginar que este está pronto para “turbinar” quando for necessário. E de facto está, mas já lá vamos.
As duas dobradiças do portátil foram desenhadas para serem robustas, ao mesmo tempo que permitem uma abertura do ecrã num ângulo de 180º. Por norma, esta funcionalidade é excelente para os trabalhos colaborativos, por exemplo, para que o grupo consiga espreitar o ecrã sem a necessidade de mover o computador.
Destaque para a sua moldura muito fina nas laterais e topo, oferecendo assim uma área generosa de 15,6 polegadas, com um elevado rácio face ao chassis. De salientar que estamos perante um ecrã LED IPS, com uma resolução máxima de 1080p no modelo testado, com um brilho de 300 nits. Apesar de ter um sistema antirreflexo, em locais exteriores ou mais iluminados não elimina completamente os brilhos diretos no ecrã.
E ainda no que diz respeito ao display, certamente que os gamers mais exigentes vão notar a velocidade da taxa de refrescamento a 300 Hz com G-Sync, tecnologia mais comum nos monitores externos, mas ainda com poucos portáteis a suportar. Isto significa que os jogos correm de forma mais suave, sobretudo os mais exigentes, diminuindo os efeitos de tearing e stuttering, e sem lag nas imagens.
Muitos computadores têm configurações elevadas e permitem debitar os jogos a FPS elevados, mas sem um ecrã capaz de responder a esse fluxo, acaba por ser um desperdício. E a HP pensou, e muito bem, em todas essas exigências na construção deste portátil.
Teclado retroiluminado RGB e bastante conetividade
O chassis alberga um teclado bastante espaçoso, com teclas em formato chiclete, mas muito rasas, para uma resposta mais rápida, tanto a jogar, como a escrever, por exemplo. O teclado é retroiluminado, e neste caso as características cores RGB sobressaem-se. Mesmo sendo colorida, a iluminação das teclas é agradável, com um “degradê” de tons laranja na área à esquerda, passando pelo roxo no centro e terminando num azul marinho.
De salientar que não tem teclado numérico, mas pelo menos o cursor está isolado. De notar ainda a tecla com o símbolo do losango que abre o software Omen Gaming Hub. Este reúne os jogos instalados, que podem ser otimizados, o Light Studio, caso queira mudar a configuração das cores dos LEDs RGB do teclado, galeria de imagens e outros recursos como se fosse uma pequena rede social dentro do universo Omen.
No chassis podemos ver junto às dobradiças o picotado com formas geométricas, uma marca característica dos computadores portáteis da Omen, e o logotipo do modelo na área de repouso das mãos. O Trackpad ocupa uma boa área, sendo confortável de usar, caso não esteja a usar um rato externo. Tal como é habitual nas máquinas da HP, a Bang & Olufsen calibrou as colunas do portátil, colocadas nas extremidades da base e posso dizer que o som é bastante bom, propagando-se bem, com baixos e agudos bem definidos, sem distorcer quando colocado o volume no máximo. É talvez um dos melhores sistemas de áudio que vi num portátil, pela sua nitidez, mesmo quando o colocamos a tocar numa divisão da casa e a ouvir em outra.
Através do controlo de áudio do Omen Gaming Hub pode afinar o som ao gosto através do seu equalizador ou optar por alguns modos pré-definidos. Obviamente que a utilização de auscultadores é indispensável durante as sessões de jogo. O sistema conta ainda com um sistema de microfone duplo, suportado por cancelamento de ruído, ideal para comunicações mais eficazes, seja numa sessão de Discord durante as partidas, ou videochamadas do Zoom.
Por norma, qualquer portátil de gaming obriga os utilizadores a adquirir hubs USB externos para ligar todos os seus periféricos, e muito provavelmente não será exceção neste modelo. No entanto, ainda é generoso no que diz respeito a conetividade. Do lado esquerdo temos uma entrada USB-A 3.0, uma porta HDMI, e uma entrada de cabo de rede. Tem ainda o jack de 3,5 mm para headphones e um leitor de cartões SD Card. Do lado direito pode encontrar uma entrada USB-C compatível com Thunderbolt, mais duas portas USB-A e ainda uma Mini DisplayPort.
Configuração de topo para gaming ou trabalhos exigentes
Por muitas características que um portátil possa ter, em termos de estética e funcionalidades que possam sobrepor-se a outras ofertas, é o seu hardware que conta mesmo na hora da escolha, sobretudo quando se escolhe uma máquina para jogos. E embora não seja um portátil com a mais recente geração de processadores da Intel ou GPU da NVidia, que apenas foram anunciados recentemente e só agora começam a surgir soluções atualizadas com as mesmas; este Omen 015 apresenta uma configuração de topo para as exigências atuais.
Começando pelo seu processador, um chip Intel i7-10750H (10ª geração Series-H), é acompanhado por 16 GB DDR4 SDRAM e uma placa gráfica NVidia RTX 2070 Super com Max-Q. Tem ainda um SSD de 1 TB, garantindo arranques bastante rápidos. Isto significa que pode jogar alguns dos títulos mais recentes com a maioria dos detalhes ligados, incluindo o suporte a ray tracing para os jogos que o suportem.
Durante o teste corremos Horizon: Zero Dawn e a demo do recente Outriders e não tivemos qualquer problema em jogá-los a um bom framerate, com a maioria dos detalhes no máximo. E o seu ecrã de 300 Hz com G-Sync, como referido, oferece imagens mais suaves e fluídas. Jogos como Overwatch ou Valorant, por serem títulos altamente competitivos, requerem uma cadência constante nas animações e esta solução da HP é das mais avançadas do mercado.
Obviamente que os portáteis de gaming apresentam dois padrões praticamente presentes em todos os modelos: o primeiro é o constante ruído da circulação do ar, e este Omen 15 nem é dos piores, mas nota-se a sua constante necessidade de sugar o ar pelas “turbinas” para manter o chassis o mais arrefecido possível e daí o som característico. No entanto, é de notar que mesmo após algum tempo de uso o teclado mantém-se arrefecido. Nota-se claro, que a base fica morna, mas nada que seja realmente desconfortável às mãos.
O segundo padrão é a autonomia, que devido à enorme carga de processamento dos jogos derrete rapidamente a sua bateria de 70,9 Wh. E infelizmente, esta é uma das principais falhas deste Omen 15, mas também dos computadores de gaming no geral. Apenas mantendo o computador ligado a ver vídeos no YouTube, este não aguentou mais que três horas, autonomia que desceu durante as partidas de jogos.
De salientar que quem joga deve manter o portátil ligado à corrente, não apenas pela autonomia, mas porque a performance geral é afetada, visto que o relógio interno do processador e do GPU entram em modo poupança e retiram a fluidez dos jogos, fazendo cair as taxas de FPS. Usar o portátil em modo bateria apenas deve ser utilizado para um jogo casual, numa breve sessão.
De qualquer forma, no software Omen Gaming Hub pode aceder à opção de controlo de desempenho e definir diferentes padrões, entre o Equilibrado e o Desempenho, para quando necessita de otimizar a máquina para os jogos. E até pode alternar entre o controlo térmico manual ou automático, assim como regular a ventoinha do sistema para uma rotação baixa ou alta. De salientar ainda que no Gaming Hub é possível ativar a reprodução remota, de forma a jogar via streaming noutro equipamento, mantendo o processamento na máquina.
De um modo geral este Omen 15 é um excelente portátil se o gaming for a prioridade. Como extra, executa igualmente outras tarefas existentes de trabalho pela sua configuração de hardware elevada. E como tem um design sóbrio, e até bastante atraente, não o irá “envergonhar” numa reunião de trabalho. É um verdadeiro “All-in-one”, pecando apenas pela sua bateria mais limitada que outras soluções otimizadas para profissionais, mas é dos poucos a oferecer um ecrã de 300 Hz. Relativamente ao seu preço, este modelo específico custa 2.199 euros, segundo a fabricante.
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