O anúncio foi formalizado ontem durante a conferência global VR/AR Global Summit Online, numa conferência de imprensa em que o SAPO TEK participou. Na prática a associação portuguesa de realidade aumentada e virtual, a VRARA Portugal, vai passar a integrar a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), criando-se uma nova secção dentro da APDC.
“Vemos a parceria como uma oportunidade de juntar forças e reforçar o associativismo em Portugal. Acreditamos que é melhor, em vez de criar novas associações, juntar forças e trabalhar em conjunto para sermos mais fortes”, afirma Sandra Fazenda Almeida, diretora executiva da APDC. Nos últimos anos a associação alargou o seu âmbito muito além das telecomunicações, que foi o seu foco na criação há 35 anos, a área tecnologias imersivas é um complemento importante, dado o potencial de crescimento que existe.
Nos últimos anos foram criadas três secções dentro da APDC, a Smart Cities, Portugal Outsourcing, Empreendedorismo Digital, a que se junta agora a VRARA Portugal com a área de realidade aumentada e realidade virtual. “A APDC é a associação da comunidade digital e estamos a juntar organizações de várias áreas”, afirmou Sandra Fazenda Almeida, lembrando que todas as empresas são hoje empresas de tecnologia.
Esta é uma parceria que é vista como benéfica dos dois lados, como explica Luis Martins, um dos fundadores da VRARA Portugal. “É uma boa combinação porque quando começámos a associação em 2017 a ideia era criar pontes com o sector empresarial”, explica, lembrando que Portugal é um país de segunda linha e “precisamos de pontes para economias e mercados maiores, que têm capacidade de investimento e contratação que nos falta”.
A ideia da VRARA Portugal é dar o impulso ao talento e capacidade de inovação portuguesa para chegar a outros mercados, e Luis Martins considera que desta forma será mais fácil comunicar também com grandes organizações internacionais que operam em Portugal.
O número de empresas em Portugal que trabalham em tecnologias imersivas está a crescer. “Temos quase 100 empresas que desenvolvem soluções VR/AR de forma exclusiva, mas também estruturas que têm mais de 50% de atividade ligada a tecnologias imersivas, e também empresas maiores, como a Siemens que tem um grupo em Portugal que desenvolve tenologias VR e AR globalmente para a empresa”, explica Luis Martins.
Mas a ideia é continuar a crescer também dentro da APDC. “As empresas podem continuar a ser só associadas da APDC ou só da VRARA, mas se forem associadas das duas têm vantagens”, explica.
A experiência e conhecimento acumulado na VRARA deverá já ser posta em prática no próximo congresso da APDC, marcado para abril de 2021. Sandra Fazenda Almeida explica que, ainda antes da pandemia da COVID-19, em janeiro, a associação já tinha decidido não realizar o congresso este ano, mudando a data para início de 2021. "É o nosso 30º congresso, é uma data importante", explica, adiantando que estão a ser estudadas soluções digitais para ter um evento híbrido, que possa mostrar realidade virtal.
O potencial das tecnologias imersivas e a forma como já estão a mudar a realidade em muitas empresas e serviços para o consumidor final foi bem patente no VR/AR Global Summit Online que decorreu nos últimos três dias, em modo non-stop através de três fusos horários, e que ontem contou com vários painéis dedicados a Portugal.
Nota da redação: Foi feita uma correção no 6º parágrafo
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