A TEC4SEA, fundada pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e pelo Centro de Investigação Tecnológica do Algarve (CINTAL), foi criada para a investigação, desenvolvimento, teste e validação de tecnologias marítimas, sobretudo na área robótica marinha.
Depois de terminar a fase inicial de implementação em dezembro do ano passado, a TEC4SEA começa agora a sua fase operacional com a inauguração da infraestrutura, num evento no Porto de Leixões que contará com a presença de Elvira Fortunato, Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e de José Maria Costa, Secretário de Estado do Mar.
Em destaque estão dois dos principais recursos desenvolvidos durante a fase de implementação: o Ponto de Apoio, localizado no Porto de Leixões e constituído por um laboratório e uma pequena oficina, e o navio de investigação Mar Profundo, que está atracado na Marina de Leça da Palmeira.
Além do Ponto de Apoio e do navio Mar Profundo, o INESC TEC detalha que durante o evento estarão em destaque equipamentos e sistemas robóticos subaquáticos desenvolvidos no âmbito da iniciativa, como a plataforma robótica submarina de águas profundas TURTLE e o robot EVA, um veículo submarino autónomo.
Em comunicado, Paulo Mónica, investigador do INESC TEC, realça que a TEC4SEA, que integra o Roteiro Nacional de Infraestruturas de Interesse Estratégico, “tem também como missão apoiar a comunidade científica e o ecossistema industrial, nacional e europeu no que respeita ao desenvolvimento de tecnologia para monitorização e operação em ambiente marítimo”.
O investigador realça que o Ponto de Apoio, que “cria as condições para que as equipas de investigação possam estar baseadas junto à linha de água, com o acréscimo de eficiência que isso implica”, “permitirá uma maior fluidez e eficácia em todas as atividades de desenvolvimento, teste e validação de tecnologias e equipamentos marítimos”.
Já o navio de investigação Mar Profundo “vem trazer à TEC4SEA a capacidade de aceder autonomamente ao mar, projetando os sistemas e equipamentos que desenvolve para os locais e condições de operação para os quais foram concebidos”, afirma Paulo Mónica, acrescentando que esta é uma “capacidade vital para uma infraestrutura com a missão e objetivos” da iniciativa.
O navio Mar Profundo, que foi lançado em abril de 2021, foi concebido de raiz pela NAUTIBER, com a construção da embarcação, que teve um custo de 869 mil euros, a ser financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operacional Regional do Norte, assim como pela FCT através de fundos nacionais.
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