Hoje começa uma das provas de fogo do Windows Phone em Portugal, com o início da venda do primeiro telefone Nokia com a nova plataforma da Microsoft, já totalmente (e finalmente) localizada para português.

Apesar de já existirem outros modelos à venda nas lojas, a divulgação associada a este lançamento pode fazer a diferença na adesão dos utilizadores. Até porque as próprias operadoras têm campanhas a decorrer, com preços mais atraentes do que os 549 euros que o Lumia 800 custa nas lojas, com a TMN a colocar os preços do novo modelo a 469,9 euros na loja online, sem fidelização, mas podendo baixar o custo até zero se os clientes aderirem a um tarifário unlimited.

Na Optimus a opção é semelhante (mas o telefone custa mais 10 euros), enquanto a Vodafone optou pelos mesmos 469,9 euros sem fidelização, mas só baixa o custo do aparelho até 179,9 euros, obrigando à adesão ao plano Best Top. O Nokia Lumia 710 só chega às lojas na próxima semana, com um preço mais baixo, e promoções ainda "em segredo".

Os novos modelos trazem a mais recente versão do sistema operativo móvel, o Mango (Windows Phone 7.5), e os utilizadores portugueses passam a ter acesso a duas das áreas de forte aposta da Microsoft, que até agora tinham uma utilização limitada: o Marketplace e o Xbox Live, para acesso aos jogos e interação online e com os perfis criados na consola da empresa.

Como tem sido provado noutras plataformas, um dos fatores de diferenciação da adesão dos utilizadores passa precisamente pelas aplicações, e apesar de na versão anterior (em inglês) já ser possível descarregar as aplicações do mercado da Microsoft, com recurso a alguns truques que o TeK documentou na altura, é agora que as empresas portugueses vão poder experimentar plenamente o potencial de criar aplicações a que qualquer utilizador pode ter acesso de forma fácil e imediata.

Esta é uma área em que a Microsoft Portugal já tinha mostrado muito interesse em apostar, com a dinamização de várias iniciativas que contribuíram para que já existam 320 developers nacionais registados no Windows Phone e 240 Apps submetidas - aprovadas e em via de aprovação.

A aplicação da PSP, que resulta de um trabalho de fundo que a Microsoft está a fazer com clientes empresariais e entidades públicas para o desenvolvimento de aplicações, e a do Millenium BCP, são dois exemplos que vão estar disponíveis "em breve", enquanto a iBrisa, com informação das autoestradas desta concessionária, deve ficar online ainda hoje.

Mas há outras que já podem ser encontradas no marketplace da Microsoft - embora pesquisar nomes se possa revelar uma aventura, sobretudo se não usar os termos corretos. Entre as Apps portuguesas pode descarregar o Meo Go, o Kiosk.pt e o dicionário da Priberam, todas de instalação gratuita.

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A localização de farmácias está muito bem representada (demasiado?), sendo fácil encontrar três aplicações: Farmácias em Portugal, farmácias.pt e farmácia + perto. Mas não as testámos o suficiente para perceber as diferenças em termos de fiabilidade.

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Como habitualmente, a área de jogos tem também múltiplas opções saídas de "fábricas" de desenvolvimento portuguesas ou das mãos de developers individuais. Na lista estão o myTetris, várias versões do Kill The Duck e o El Rey, que recupera a história de Portugal e dos Almorávidas.

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Com uma estratégia mais "social" e de cultura e lazer destacam-se o HotZnow, mas também o OportoTour, onde reina a navegação no Douro. O Lifecooler está integrado de raiz nos novos telefones Lumia, mas não se encontra ainda na loja de aplicações.

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Mesmo que o Windows Phone se queira afastar da imagem de smartphone profissional, continua a haver um peso relevante de aplicações de produtividade. O dicionário da Priberam pode incluir-se nesta categoria, mas também o IT Jobs, para pesquisa de oportunidades de carreira, o Há greve?, cada vez mais útil, o CTT Objectos para seguir as encomendas e mesmo a aplicação de homebanking do ActivoBank, que em breve vai receber "concorrência" do Millennium BCP.

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Fora das propostas nacionais vale a pena navegar entre os destaques, ou mesmo "mergulhar" nas categorias, das cerca de 50 mil aplicações já disponíveis no mercado. Com a certeza porém de que as aplicações nacionais vão continuar a crescer, tal como o número total de ferramentas disponibilizadas.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador